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Ataque a comitiva do premiê reflete impasse no combate ao terror no Paquistão
2008-09-04 14:22:10    cri
Um ataque a tiros atingiu ontem (3) a comitiva do premiê paquistanês, Yousuf Raza Gilani, mas o incidente não causou nenhuma vítima. Analistas assinalaram que o ataque reflete o impasse no combate ao terrorismo no Paquistão com o novo governo do país recém-formado.

Segundo uma nota divulgada pela Casa do Premiê Paquistanês, a comitiva foi atacada a caminho do aeroporto de Islamabad para receber Gilani, que voltou de uma visita a Lahore (capital da província de Punjab, no leste). Com medidas intensivas contra disparos, nenhuma pessoa morreu ou se feriu no atentado. O secretário dos Assuntos Civis do Paquistão, Syed Kamal Shah, confirmou que o premiê não estava em seu carro no momento do ataque e que a polícia já deteve três suspeitos. Ontem, mais tarde, uma organização armada que age na região de Swat assumiu a autoria do ataque.

Analistas apontam como motivos do incidente os limitados resultados das negociações de paz e medidas de combate militar às organizações armadas no país. Em maio deste ano, quando foi criado o novo governo do Paquistão, Gilani prometeu continuar combatendo o terrorismo. No início, o governo optou por negociar com as organizações armadas. No entanto, a medida não apenas foi posta em dúvida pelos os Estados Unidos e outros aliados, como também não obteve êxitos para controlar as atividades terroristas no território. Durante o período de negociação, as organizações armadas no Paquistão conseguiram se desenvolver significativamente e algumas delas até começaram a agir abertamente em cidades grandes.

Em junho, Gilani autorizou as forças armadas a adotar ações militares contra os guerreiros do Talibã que atuam na região noroeste do país. A política provocou reações fortes entre as organizações armadas, que não apenas atacaram várias vezes o Exército de Segurança paquistanês, como também realizaram uma série de atentados a bomba em principais cidades do país, causando muitas mortes.

Em 9 de julho, o governo paquistanês fechou um acordo de paz com as organizações que agem na região tribal de Khyber, no noroeste, pondo fim às operações militares de 12 dias dirigidas pelo governo na zona. Um mês depois, porém, militares do Talibã em Bajaur, no noroeste do Paquistão, fizeram uma emboscada contra veículos do Exército de Segurança, que iniciou operações militares na região na noite do mesmo dia. A ação provocou uma nova rodada de represálias. Em agosto, o Tehreek-e-Taliban Paquistan realizou vários atentados a bomba na Província da Fronteira do Noroeste. Dois ataques ocorridos em 21 de agosto na maior fábrica militar do Paquistão, na província de Punjab, deixaram 67 pessoas mortas. O incidente também decretou o fim dos esforços do governo paquistanês pela paz no país.

Além disso, também não pode ser ignorada a força das organizações armadas no território paquistanês. As organizações armadas no nordeste do país são muito fortes e o controle do governo nesta região é relativamente fraco. Para garantir a segurança da região, o governo selou acordos com as tribos locais a fim de evitar confrontações abertas entre os dois lados. No entanto, após o ataque terrorista de "11 de setembro", o governo paquistanês intensificou as ações militares contra a região, considerada pelos Estados Unidos e pelo Afeganistão um abrigo para o Talibã.

Além disso, é difícil pôr em prática o combate antiterror por toda a população. Ao lutar contra as organizações terroristas, o governo e o exército do Paquistão também pediram ao povo para participar da luta. No entanto, o Paquistão enfrenta alta de preços, pressão inflacionária e falta de energia. A maioria dos paquistaneses está preocupada com as questões de vida e não tem vigor para se envolver na causa contra o terrorismo, iniciada pelo governo. Por outro lado, as tropas aliadas no Paquistão efetuaram vários ataques aéreos em regiões tribais do país, despertando um sentimento negativo entre os paquistaneses em relação aos EUA. Ao mesmo tempo, com a deterioração da situação de segurança no país, o povo paquistanês vem duvidando da política de combate ao terrorismo do governo.

 
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