O Brasil duplicará o comércio com a China nos próximos cinco anos, disse segunda-feira em Beijing o presidente da Agência de Promoção de Comércio e Investimento do Brasil (Apex-Brasil), Alessandro Teixeira.
"O volume de comércio anual entre o Brasil e a China aumentará em pelo menos 10% ou 15% em 2010 e duplicará em cinco anos", previu Teixeira, ao dar entrevista à Xinhua.
Funcionários da Apex-Brasil viajaram à China durante os Jogos Olímpicos para promover as exportações de produtos e serviços à China e para atrair um maior investimento chinês, já que o país é o maior parceiro de comércio do Brasil na Ásia.
"Entendemos que a Olimpíada é um momento histórico para a China e que também é um momento crucial para que nós aprendamos com a China e abramos mais oportunidades de negócios", afirma Teixeira.
"Acredito que os alimentos processados, os produtos agrícolas e os biocombustíveis brasileiros terão um potencial enorme no mercado chinês e os investidores chineses terão interesses em infra-estrutura, mineração e indústria de alta tecnologia no Brasil", disse.
O Brasil, a maior economia da América Latina, também é o principal parceiro comercial da China na região. O comércio entre a China e o Brasil chegou a um total de US$ 23,4 bilhões em 2007.
Segundo outra fonte, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que a economia nacional continuará em crescimento pelos próximos dez anos. Ele advertiu, no entanto, para o perigo da inflação e disse que o fenômeno deve ser controlado.
Em discurso durante evento na BM&F Bovespa, no qual foi homenageado pelo grau de investimento conquistado pelo país junto às agências de risco, Lula disse que o Brasil está enfrentando a questão da inflação. O governo, os trabalhadores, as bolsas e os empresários devem assumir a responsabilidade conjunta para que a inflação não obstrua de novo o desenvolvimento estável do Brasil, disse o presidente.
Lula considera que a crise alimentar mundial é uma chance para o Brasil, que precisa aumentar sua produção de alimentos. Quanto à questão energética, Lula disse que o país deve exportar mais derivados de petróleo para conseguir desenvolver a indústria nacional.
|