As ligações diretas entre a República Popular da China e Taiwan vão criar mais oportunidades econômicas para Macau através da diversificação da sua economia, disse quarta-feira o secretário para a Economia e Finanças de Macau.
Francis Tam revelou que "o governo tem prestado especial importância à questão das ligações diretas de serviços de correio, comércio e transportes entre os dois lados do Estreito de Taiwan e feito avaliações internas sobre os possíveis impactos na economia de Macau de modo a serem aproveitadas as condições favoráveis para a promoção do desenvolvimento econômico de Macau.
O secretário para a Economia e Finanças de Macau admite, no entanto, que "em curto prazo e tendo em consideração a atual estrutura econômica de Macau, a materialização das ligações diretas destes serviços irá afetar alguns sectores, influenciando ligeiramente a economia global de Macau"
Francis Tam lembrou que "o sector dos transportes aéreos, tanto de passageiros como de carga, terá maior concorrência, na medida em que a oferta será mais alargada" mas afirmou-se certo que " o sector da aviação de Macau continuará a ser competitivo, assim que aumente a sua eficiência e proporcione mais facilidades para passageiros e mercadorias."
O secretário para a Economia e Finanças de Macau recordou que "para enfrentar as possíveis mudanças e diminuir o impacto para Macau, a Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau e as entidades competentes do sector começaram a efetuar preparativos há alguns anos, diversificando as ligações aéreas para diminuir a percentagem dos passageiros que apenas utilizam Macau como um ponto de transferência."
O principal movimento do aeroporto internacional de Macau é de turistas que nas ligações entre Taiwan e o continente chinês usam Macau como local de transferência.
Também a Air Macau, companhia de bandeira do território, tem a maioria dos seus vôos orientados para Taiwan.
Francis Tam disse que o objetivo é explorar ativamente as rotas com as regiões do Sudeste e Nordeste da Ásia, tentando captar mais visitantes para Macau, e procurar mais mercados para explorar o sector da carga.
"Nos últimos anos, o número de passageiros do Sudeste da Ásia tem aumentado, representando 30 por cento do número total de passageiros, enquanto que o número de passageiros de Taiwan diminuiu para cerca de 40 por cento" disse.
Francis Tam que respondia a uma interpelação na Assembléia Legislativa disse ainda que "o Governo da RAEM continua empenhado em atrair mais companhias aéreas para Macau, procurando também alargar o mercado de passageiros".
Desde quatro de Julho que companhias áreas de Taiwan voam para a República Popular da China e vice-versa num total de 36 vôos semanais.
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