O Instituto Kissinger sobre China e Estados Unidos (IKCEU) foi criado dia 29 em Washington. O nome homenageia o ex-secretário de Estado americano Henry Kissinger. Compareceram à cerimônia da criação o chanceler chinês Yang Jiechi, em visita aos EUA, o assistente do presidente americano para assuntos de segurança nacional Stephen Hadley, e o próprio Kissinger. Os presentes na ocasião afirmaram que um relacionamento estável sino-americano não apenas traz enormes benefícios aos dois países e povos, como também contribui para a paz e o desenvolvimento mundiais.
O Instituto, criado em conjunto pelo Centro Internacional Woodrow Wilson para Acadêmicos e pelo Instituto de Relações Exteriores da China, tem como objetivo promover estudos e intercâmbios sobre as relações sino-americanas e é presidido pelo ex-embaixador americano na China, Stapleton Roy.
O Centro Woodrow Wilson, instituto de pesquisa subordinado ao congresso americano, afirmou que o IKCEU recebeu o nome de Kissinger como uma homenagem às contribuições extraordinárias do ex-secretário de Estado para os laços entre os dois países. O centro, que não tem nenhum fundo partidário, vai criar um conselho composto por cerca de 20 personalidades destacadas de diversos setores da China e dos EUA, co-presidido por Kissinger e Xu Kuangdi, presidente da Associação de Amizade China-EUA e membro da Academia Chinesa de Engenharia.
Falando na cerimônia, o chanceler chinês disse esperar que o IKCEU empreenda estudos e intercâmbios sobre o relacionamento sino-americano seguindo o princípio de objetividade e justiça de modo a desempenhar um papel positivo para promover a parceria construtiva de cooperação entre os dois países.
Yang também proferiu um discurso intitulado "relações sino-americanas no novo século". Ele disse:
"Os contatos de alto nível entre a China e os Estados Unidos têm sido intensificados. Nos últimos sete anos ou mais, os chefes de Estado dos dois países realizaram 18 encontros e mantiveram contatos periódicos. Os contatos sem precedentes de alto nível entre a China e os Estados Unidos consolidaram significativamente a confiança mútua estratégica e impulsionaram o desenvolvimento das relações sino-americanas. A fusão dos interesses comerciais entre os dois países vem aumentando, a coordenação e a cooperação nos assuntos internacionais vêm-se desenvolvendo e seus canais de diálogo vêm sendo ampliados. A amizade entre os dois povos também foi aprofundada continuamente.
Kissinger afirmou estar muito feliz por ser uma das testemunhas da abertura das relações sino-americanas. Ele disse que a China conseguiu êxitos notáveis de desenvolvimento e que é indispensável a cooperação sino-americana para solucionar questões internacionais.
"Os laços sino-americanos ativos favorecerão todo o mundo. Os Estados Unidos e a China enfrentam desafios e oportunidades comuns. Os dois países devem responder em conjunto aos problemas e desafios diante do mundo atual, como a energia, a questão nuclear e o desenvolvimento econômico global."
Hadley assinalou que serão inauguradas em breve as novas sedes das embaixadas dos dois países nas respectivas capitais, o que é um momento marcante na história do desenvolvimento das relações sino-americanas.
"A inauguração das novas sedes das duas embaixadas mostra a boa situação atual das relações sino-americanas. Os laços entre os dois países nunca foram tão francos, dinâmicos e construtivos como hoje. O presidente Bush acredita que os EUA reforçarão ainda mais as relações cooperativas com a China."
Yang considerou que a conjuntura internacional no novo século é muito complexa e que a influência e o significado estratégico das relações sino-americanas cresceram ainda mais. O chanceler fez uma proposta de cinco pontos para promover os laços bilaterais:
"Primeiro, tratar as relações sino-americanas com uma visão estratégica e de longo prazo. Segundo, tratar a outra parte de maneira objetiva e racional. Terceiro, ampliar os intercâmbios e cooperações. Quarto, lidar com divergências e questões sensíveis de forma construtiva. Quinto, promover os contatos populares."
Hadley também transferiu a expectativa do presidente Bush de poder participar da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Beijing.
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