Os Serviços de Estatística e Censos informam que o Índice de Preços no Consumidor geral de Junho de 2008 registrou um aumento de 9,05% em relação ao mês homólogo de 2007, atingindo o nível de 124,72. Salienta-se que o índice de preços das secções produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, saúde e transportes subiu 18,16%; 14,63% e 12,94%, respectivamente.
Os aumentos mais significativos ocorreram nos preços: da carne enlatada (83,32%), da carne de vaca fresca (75,08%); do arroz (69,54%); dos óleos comestíveis (55,94%); da carne de porco fresca (45,46%); da carne de porco congelada ou refrigerada (41,22%); do peixe fresco de água doce (36,01%); das massas (30,43%); dos produtos hortícolas (18,66%) e das refeições fora de casa (15,35%), que pertencem à secção produtos alimentares e bebidas não alcoólicas. Nas secções saúde e transportes, observaram-se crescimentos notórios, nomeadamente, nas consultas médicas (25,65%) e nos preços da gasolina sem chumbo (32,75%). Além disso, o índice de preços da secção habitação e combustíveis cresceu 7,96%, devido à subida significativa de preços do gás de petróleo liquefeito (+26,47%); dos serviços de reparação e manutenção da habitação (+27,18%), tal como das rendas de casa (+14,87%), apesar de ter sido atribuído ao subsídio temporário de eletricidade pelo Governo aos agregados familiares.
Por seu turno, os índices de preços das secções comunicações e educação diminuíram 6,86% e 5,83%, respectivamente, face ao mês homólogo de 2007, uma vez que o preço do serviço telefônico móvel desceu e o subsídio, que o Governo atribuiu este ano letivo às propinas dos estudantes que freqüentam as escolas que não aderiram à rede de ensino gratuito, aumentou.
O IPC-A e o IPC-B de Junho de 2008 foram de 126,55 e 124,16, respectivamente, quando comparados com os do mês homólogo do ano anterior verificaram-se crescimentos de 9,06% e 8,98%, respectivamente.
No primeiro semestre do corrente ano, o IPC-geral aumentou 9,00%, face ao período homólogo de 2007. O IPC-geral dos 12 meses terminados no mês de referência, em relação aos 12 meses imediatamente anteriores, cresceu 7,71%.
No mês em análise, o IPC-geral subiu 1,11% comparativamente a Maio de 2008. Destacam-se os aumentos dos índices dos preços das secções vestuário e calçado (2,86%), produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, (1,97%) e transportes (1,33%) que foram provocados: pelo preço elevado do vestuário e calçado de Verão; pelo crescimento de preços dos produtos hortícolas, causados pela chuva; e pela contínua subida dos preços da gasolina, respectivamente. Por seu turno, verificaram-se acréscimos de 1,23% e 1,08%, no IPC-A e no IPC-B respectivamente.
No 2° trimestre de 2008, o IPC-geral aumentou 8,91% em relação ao trimestre homólogo de 2007. Os aumentos mais significativos de preços ocorreram nas secções produtos alimentares e bebidas não alcoólicas (18,45%), saúde (14,24%) e transportes (12,03%).
O IPC-geral permite conhecer como a variação de preços influência a generalidade da população de Macau. O IPC-A reflete a evolução de preços para 49% das famílias residentes, cuja despesa mensal está compreendida entre 3.000 e 9.999 Patacas e o IPC-B representa o mesmo indicador para 31% das famílias residentes, cuja despesa mensal varia entre 10.000 e 19.999 Patacas.
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