Numa conferência à imprensa realizada em maio deste ano em Beijing, o ministro da Ciência e Tecnologia da China, Wan Gang, disse: "Temos toda a razão para acreditar que os Jogos Olímpicos de Beijing serão uma edição de maiores teores científicos na história do movimento olímpico."

Analisando as instalações olímpicas em que se adotam muitas novas tecnologias, sabemos que o ministro chinês não disse fanfarradas.

Tang Xiaochun, responsável pelas obras de construção do Estádio Nacional, o Ninho, disse: "Os 1100 soldadores trabalharam durante mais de um ano nas estruturas metálicas do Ninho, cujas costuras de soldadura podem se estender por 320 quilômetros. Trata-se de mais um milagre na história arquitetônica da China."

O investigador veterano da Corporação (Grupo) de Engenharia da Aeronáutica da China, Ren Guozhou, afirmou: "Investigamos e produzimos a caixa da chama olímpica, que funcionava desde a altitude de 6 500 metros até o topo do monte Qomolangma. Geralmente, esse tipo de caixa tinha funcionamento seguro só até a altura de 6 500 metros acima do nível do mar."

O chefe do Departamento Técnico do Comité Organizador dos Jogos Olímpicos de Beijing (Bocog), Yang Yichun, frisou: "As novidades técnicas que adotamos para garantir a segurança dos Jogos Olímpicos consistem nas tecnologias avançadas, seguras e apropriadas para a identificação de imagens."

Os Jogos Olímpicos modernos não se separam do suporte da ciência e tecnologia. Uma edição das olimpíadas científica é um dos três importantes conceitos que Beijing formulou claramente pela primeira vez para introduzir os novos resultados das pesquisas científicas e tecnológicas para os Jogos Olímpicos.

Nos sete anos transcorridos, a China transformou o conceito da Olimpíada Científica na realidade. Desde o Estádio Nacional, o Ninho, ao Centro Estatal de Natação, o Cubo dágua, desde o revezamento da tocha olímpica ao monte Qomolangma às bilhetes de entrada equipadas de microchips, desde o sistema digital de controle de trânsito ao sistema avançado de segurança, e desde a projeção da Vila Olímpica a que se introduziu o conceito de proteção ambiental à utilização das fontes luminosas a LED, novas tecnologias e novos conceitos científicos se evidenciam em todos os detalhes relacionados com os Jogos Olímpicos.

A prática bem sucedida do conceito da Olimpíada Científica consiste nos esforços conjugados do governo e de toda a sociedade chinesa. Em 2001, quando a China conquistou a vitória da candidatura à sediação da Olimpíada de Beijing, o Ministério da Ciência e Tecnologia, o governo municipal de Beijing, o Ministério da Educação e a Comissão de Ciência, Tecnologia e Indústria da Defesa Nacional elaboraram e organizaram conjuntamente o Programa de Ação para a Olimpíada Científica de 2008. Nos últimos 7 anos, a comunidade científica e tecnológica não poupava seus esforços pela pesquisa e aplicação de grande número de resultados do desenvolvimento inovador atendendo a demanda dos Jogos Olímpicos de Beijing.

A prática exitosa do conceito da Olimpíada Científica também resulta do enorme progresso da China na área científica e tecnológica. Ao longo de 30 anos desde a reforma e abertura do país, a China tem registrado grandes mudanças tanto no conceito sobre a ciência e tecnologia e na posição social de pesquisadores, quanto na estrutura administrativa das instituições e no ambiente dos trabalhos científicos e tecnológicos, de modo que o poderio para o desenvolvimento científico do país conhece grande aumento. Atualmente, o nível de desenvolvimento científico e tecnológico da China fica nos primeiros lugares entre os países em desenvolvimento, e o país tem alcançado o nível internacional em alguns aspectos, o que assenta uma base importante para a concretização da promessa da Olimpíada Científica que a China assumiu ao se candidatar para a sediação do evento.

O rápido crescimento econômico também tem contribuído para a prática exitosa do conceito da Olimpíada Científica. Em qualquer país, o progresso científico e tecnológico se relaciona estreitamente com o aumento do seu poderio econômico, ou seja, o crescimento econômico tem oferecido uma base econômica e as condições materiais indispensáveis para a Olimpíada Científica.

Até o momento, o número de patentes da China registradas no interior e exterior do país, que estão vinculadas com os Jogos Olímpicos de Beijing totalizou 320. Novos resultados científicos vem atualizando as tecnologias da indústria automobilística, indústria de informática, e setor de proteção ambiental, otimizando sua capacidade inovadora. O ministro da Ciência e Tecnologia Wan Gang afirmou: "Para sediar uma Olimpíada de peculiaridade e de alto nível, a China organizou a pesquisa e desenvolvimento de 10 grandes projetos. Através de sua aplicação e difusão nos Jogos de Beijing, os resultados destes projetos possibilitarão maiores rendimentos econômicos e sociais."