Na entrevista, Padilla apresentou a composição da delegação do país. Segundo ele, 83 atletas mexicanos já foram classificados para as Olimpíadas de Beijing. O número pode chegar a 85. A delegação tem um total de 156 pessoas e algumas delas já estão em Beijing para realizar treinos de adaptação. Falando sobre as características da delegação mexicana, a Padilla disse que o país foi qualificado para os Jogos pela primeira vez em algumas modalidades, como o badminton. Além disso, a maioria dos atletas é muito jovem, com uma proporção equilibrada entre os sexos.

"Entre os 85 atletas, há 43 masculinos e 42 femininos. Eles vão participar de 69 disciplinas em 22 modalidades. A atleta de badminton tem só 16 anos e a de tiro com arco apenas 14. A idade de um dos jogadores de pingue-pongue é de 17 anos. A idade média dos atletas é de 23 anos, com os mais velhos entre 46 e 47 anos."

O chefe da delegação considera que os atletas mexicanos podem chegar às finais em sete ou até nove das modalidades como marcha atlética, saltos ornamentais, taekwondo, tiro com arco, remo e boxe. No entanto, ele disse que não consegue fazer uma previsão sobre o número das medalhas que o país pode conquistar.

Em comparação com os Jogos de Atenas e de Sidney, o número total dos participantes mexicanos para a edição de Beijing registrou uma queda significativa. Sobre isso, Padilla explicou que o número dos atletas para as modalidades coletivas diminuiu.

"O número dos atletas nas últimas Olimpíadas chegou a 126, incluindo as equipes futebol feminino e futebol masculino. O número dos participantes desta edição é de 85, abaixo da última. Como o México não foi classificado para as modalidades de futebol e beisebol dos Jogos Olímpicos de Beijing, o número passou a ser menor em comparação com a última edição. Porém, 69 atletas participaram de provas individuais na última edição e o número desta vez é de 85. Por isso, o número dos participantes de provas individuais na verdade aumentou."

Mais cedo este ano, Padilla havia chefiado uma delegação mexicana à China para visitar as cidades olímpicas de Beijing, Hong Kong e Qingdao. A viagem para a China o impressionou muito, assim como os estádios olímpicos do país.

"Do ponto de vista arquitetônico, todos os estádios são muito bonitos, muito práticos e muito modernos. O mais impressionante é que os estádios continuarão em uso depois dos Jogos Olímpicos. Em torno desses estádios, erguem-se muitos prédios residenciais altos onde moram um grande número de jovens. Eles vão usar os estádios depois das Olimpíadas. Adoro muito este plano."

Padilla elogiou repedidas vezes os preparativos da China para os Jogos Olímpicos de Beijing, dizendo que a paixão do povo chinês pelas Olimpíadas o emocionou.

"Vale notar que as Olimpíadas, em minha opinião, não são responsabilidade apenas do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Beijing. Todo o povo chinês está participando ativamente. Todos estão torcendo pelo sucesso da Olimpíada. Acredito que ela será uma edição excelente e conseguirá grande sucesso. Não há dúvida de que será a melhor edição de que eu já participei. Além disso, os Jogos constituirão uma janela para a China mostrar sua cultura antiga. Através dessa janela, o povo de todo o mundo vai conhecer os enormes esforços feitos pelo governo e pelo povo da China."

No final da entrevista, Padilla desejou bons resultados para os atletas chineses nas Olimpíadas.