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FMI publica relatório de aumento dos preços de alimentos e petróleo
2008-07-02 12:03:22    cri

O Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou ontem (1) em Washington o primeiro relatório do aumento dos preços de alimentos e petróleo, ponderando que as prioridades atuais são resolver a questão de alimentos para populações pobres e manter a estabilidade econômica. Ouça a seguir a reportagem do correspondente da CRI nos EUA:

O relatório do FMI contém análises abrangentes dos dados de receita, despesa, orçamento, preços e outros itens econômicos de mais de 150 países desde 2005. Após a grave inflação mundial da década de 70, a economia global vem passando por um período de aumentos rápidos de preços. O preço do barril de petróleo subiu de US$ 30, em 2003, para mais de US$ 140 atualmente, valor 35% mais alto do que o pico do século passado, no ano de 1979. O preço dos alimentos também começou a subir em grande escala em 2006, no entanto, o valor ainda não bateu o recorde da década de 70 do século passado. Entre todos os produtos agrícolas, cereais e óleo tiveram os maiores saltos de preço.

Avaliando a conjuntura, o presidente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, afirmou que a economia global está enfrentando um grande desafio:

"Isto é um desafio mesmo. Embora cada país tenha uma situação diferente, muitos deles sofrem com a mesma ameaça. Primeiro eles têm de alimentar as populações pobres, e, ao mesmo tempo, manter a estabilidade macroeconômica, bem como buscar o equilíbrio entre os dois aspectos."

Patrícia Alonso-Gamo, vice-diretora de Pesquisa e Desenvolvimento de Políticas do FMI, ressaltou que as altas dos preços trouxeram crise a vários países:

"Com a dupla pressão, muitos países enfrentam crises. Segundo o levantamento, 37 países de baixa renda e 27 países de receita média têm reservas de divisas apenas suficientes para três meses, e muitos deles importam todo o petróleo que consomem. O preço de "ouro negro" tem mais influência no equilíbrio comercial internacional do que o preço de alimentos. Para muitos países de baixa receita, o volume de importação de petróleo é 2,5 vezes o de alimentos. Além disso, os dois preços também têm um grande impacto na situação mundial de inflação, e, neste aspecto, o preço dos alimentos é mais decisivo."

A vice-diretora também destacou que alguns países estão perto da crise por conta das altas dos preços, no entanto, alguns países, como os exportadores de petróleo, se beneficiaram muito da situação incerta. No âmbito global, o aumento dos preços traz grandes ameaças à erradicação de pobreza, à garantia de segurança alimentar e à estabilidade econômica mundial.

Sanjeev Gupta, pesquisador de Assuntos Financeiros do FMI, disse que medidas já estão sendo tomadas em diversos países:

"Vários países já adotaram medidas positivas para enfrentar os desafios, principalmente a redução dos impostos sobre o petróleo e alimentos, a ampliação dos programas de assistência e aumentos de salários e pensões."

Entre os 150 países incluídos no relatório do FMI, mais da metade gastou 0,6% do PIB anual nestas medidas.

Atualmente, a tendência dos preços de petróleo e de alimentos para o futuro atrai a atenção do mundo todo. O pesquisador Thomas Helbling considera que, diante dos fatores de incerteza, a perspectiva não é otimista:

"Em curto prazo, os preços vão baixar um pouco, mas isto também depende do produto. Por exemplo, com a boa expectativa de colheita, o preço do trigo baixou 30% em relação ao de março, mas os preços de milho e soja também estão altos. Em médio e longo prazo, os preços de alimentos terão quedas essenciais, entretanto, o petróleo vai continuar caro."

O presidente do FMI disse que é necessário haver cooperações multilaterais, abrangendo governos, organizações internacionais e instituições filantrópicas:

"Não há uma solução que sirva para sempre e as situações são bem diversificadas em diferentes países. A tarefa do FMI é dar sugestões corretas de políticas e oferecer apoios financeiros quando necessário. Porém, o desafio precisa, sem dúvida, de esforços e apoios do mundo todo."

 
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