O resgate de grande porte nas zonas afetadas pelo terremoto em Sichuan já foi concluído e a maioria dos feridos recebeu atendimento médico. O foco do trabalho passa agora a ser a prevenção de epidemias, anunciou ontem (10) o porta-voz do Ministério de Saúde da China, Mao Qun´an, em coletiva à imprensa.
De acordo com Mao, desde 12 de maio, dia em que aconteceu o terremoto de 8 graus na escala Richter, as autoridades chinesas enviaram às zonas atingidas mais de 10 mil profissionais de saúde, cerca de 2.000 ambulâncias, além de elaborar uma série de projetos para o resgate e a prevenção de epidemias. Mao Qun´an disse:
"Atualmente, terminou o trabalho de resgate de grande porte nas zonas afetadas pelo abalo sísmico e a maioria dos feridos recebeu atendimento médico. Mais de 10 mil feridos foram transferidos a outras vinte províncias e aqueles que sofreram ferimentos graves estão sendo tratados por especialistas nacionais e estrangeiros".
Segundo o porta-voz chinês, os departamentos de saúde vão continuar reforçando o resgate e fazendo o máximo para salvar a vida dos feridos, além de intensificar o auxílio psicológico à população das zonas atingidas pela calamidade.
Mao Qun´an enfatizou que o destaque do trabalho reside agora na prevenção de epidemias, que está sendo desenvolvida em toda a área afetada pelo sismo. Até o dia 10, não houve registros de casos graves de epidemias ou ameaças à saúde pública.
Apesar disso, o porta-voz admitiu que o risco de epidemias em Sichuan continua alto. Os departamentos de saúde tomaram medidas para enfrentar a situção.
"Um grande número de habitantes afetados pelo terremoto foi realocado em certos postos, aumentando o risco de doenças contagiosas. Por isso, reforçamos a prevenção e a supervisão de saúde nesses lugares. Por outro lado, baseados nas experiências acumuladas no passado, a segurança da água potável e dos alimentos é essencial para a prevenção de epidemias".
Ainda de acordo com Mao, qualquer caso de doença contagiosa deve ser informado imediatamente aos departamentos de saúde. A transmissão de informações está sendo efetuada diretamente por celulares devido aos fortes danos causados pelo terremoto ao antigo sistema de relatórios sobre epidemias. A supervisão e a prevenção de doenças contagiosas cobrem todos os distritos, aldeias e postos de realocação. O Ministério de Saúde recebeu até o momento relatórios sobre casos de tuberculose, hepatite e diarréia, mas não houve casos de epidemias ou ameaças à saúde pública.
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