Terminou ontem (8) o 12º Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo. Durante a reunião, de três dias, o presidente russo, Dmitry Medvedev, apresentou opiniões sobre a atual crise financeira internacional, sobre políticas de economia de energia, crise alimentícia e outras questões importantes. Para os analistas, com seu discurso no fórum e a primeira rodada de visitas ao exterior, passando por Cazaquistão, China e Alemanha, a política de relações exteriores de Medvedev já está clara. Ele não apenas continua firmemente as estratégias do seu antecessor, Vladimir Putin, que contrabalançam as relações com o ocidente e o oriente, como também leva adiante o estilo duro.
Logo após assumir o cargo, Medvedev visitou Cazaquistão, China e Alemanha. Os países da Comunidade dos Estados Independentes são sempre as prioridades estratégicas da Rússia. A sua primeira parada, no Cazaquistão, o maior país da região, visou a reiterar a atenção do país ao Centro Asiático. Além disso, tanto no aspecto da necessidade de desenvolvimento econômico do país quanto na área de estratégia política, a China é um estado imprescindível para Moscou. Atualmente a tensa situação das relações com os países ocidentais torna mais importante para Medvedev melhorar as relações com o oriente.
A Alemanha foi a primeira parada dele na Europa. A Rússia é o maior fornecedor de energia para a Alemanha, que é também a maior parceira comercial de Moscou. Os dois países têm amplos entendimentos nas questões internacionais. O bom desenvolvimento da relação com Berlim atende aos interesses fundamentais russos, tais como o sistema antimísseis, as adesões de Ucrânia e Geórgia à Otan, a adesão russa à Organização Mundial do Comércio e as negociações do acordo da nova parceria russo-européia.
Antes das suas visitas ao exterior, Medvedev já tinha se encontrado com o presidente norte-americano, George W. Bush, com a chanceler alemã, Angela Merkel, e com outros líderes de países ocidentais.
A política diplomática russa para os EUA também atrai a atenção do mundo. No Fórum Econômico Internacional, Medvedev disse em tom de crítica que o desenvolvimento econômico assimétrico dos EUA e de todo o mundo é motivo fundamental da crise econômica. Para alguns veículos de imprensa, a dura crítica contra Washington demonstrou a base da política do novo presidente em relação ao maior país no mundo. Porém, a política real do Kremlin sobre as relações entre os dois países depende também da posição norte-americana, especialmente em ano de eleição presidencial nos EUA.
Além disso, Medvedev também continua o duro estilo de seu antecessor. Ele afirmou no fórum que, sendo um grande país no mundo, a Rússia quer participar da elaboração das normas econômicas internacionais. Nos encontros com os líderes de Ucrânia e Geórgia, durante o período do fórum, Medvedev alertou que as adesões dos dois países à Otan vão ameaçar a segurança regional. As divergências entre a Rússia e os países vizinhos podem ser solucionadas por negociação, e não precisam da interferência ocidental, afirmou.
Para a opinião pública, embora a Rússia esteja cada vez mais competente e suas políticas sejam mais ofensivas, o atual ambiente mundial é mais complicado. Isto será um desafio para Medvedev. Se o novo presidente russo adotar mais estratégias pertinentes e adequadas, além de continuar sua riqueza histórica, o papel da Rússia nos assuntos internacionais será muito importante.
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