Ao mobilizar as forças de todo o país para o socorro das vítimas do terremoto devastador na província de Sichuan, a China tem apelado à comunidade internacional por assistências às regiões afetadas, além de permitir, o mais cedo possível, a entrada de grupos estrangeiros de resgate, equipes de saúde e correspondentes estrangeiros na área do sismo.
A atitude chinesa fez algumas personalidades com preconceitos contra a China afirmar que o país mostra grande abertura neste combate às conseqüências do tremor, sustentada por um sentimento de autoconfiança.
Na cobertura do terremoto em Sichuan, a imprensa estrangeira costuma fazer comparações com a ação da China após o terremoto de Tangshan, há mais de 30 anos. No grande terremoto em Tangshan em 1976, a China decidiu depender dos próprios recursos para realizar o alívio do desastre e recusou as assistências internacionais. Desta vez, no entanto, a comunidade internacional considera, de modo geral, que o governo chinês demonstra uma nova fisionomia de abertura.
Imediatamente depois do terremoto em Sichuan, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que a China agradece e saúda auxílios estrangeiros ao país. A Cruz Vermelha da China fez um apelo, por meio da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, pedindo assistências da comunidade internacional.
Além disso, a China permitiu a entrada de brigadas profissionais de resgate do Japão, Rússia, Coréia do Sul e Cingapura nas regiões atingidas pela calamidade. É a primeira vez que o país aceita equipes estrangeiras de socorro depois de uma grande catástrofe natural. Beijing concordou, ainda, com a entrada de trabalhadores médicos da Rússia, Itália e Taiwan. As entrevistas de jornalistas estrangeiros não encontraram nenhuma restrição na área do terremoto.
A abertura da China no alívio do desastre foi elogiada pela comunidade internacional. O jornal americano Los Angeles Times disse que as operações de resgate da China são "modernas, flexíveis e abertas". O Lianhe Zaobao, de Cingapura, assinalou que a China pode tratar as assistências internacionais com abrangência, refletindo a autoconfiança do país ao se integrar à comunidade internacional.
Fatos falam mais alto que palavras. Em coletiva à imprensa concedida no dia 16 pelo gabinete da ONU em Genebra, uma jornalista da AFP pretendeu criticar a China com o argumento de que o país "se recusou a receber assistências internacionais e conceder visto a correspondentes de outros países". A ação provocou indignação dos presentes. A porta-voz do gabinete de coordenação dos assuntos humanitários da ONU, Elizabeth Byrs, disse que está certa de que não existe o problema e que a China tem mantido contatos estreitos com a ONU. A diretora do departamento de imprensa do gabinete da ONU em Genebra, Marie Heuzé, desmentiu dizendo que "na realidade, muitos correspondentes estrangeiros estão fazendo cobertura nas zonas afetadas da China".
A abertura da China nos trabalhos de socorro vem do respeito à vida. Para salvar mais pessoas, tratar mais feridos e oferecer mais ajudas à população atingida, a China abriu as portas para todas as assistências.
A iniciativa também é resultado da transformação do conceito e da governança da China. A ideologia do governo e do povo chinês passou por grandes progressos ao longo das mudanças drásticas no desenvolvimento econômico nos últimos 30 anos.
A abertura da China demonstra, ainda, a autoconfiança e a maturidade do país. O desenvolvimento acelerado da economia aumentou a capacidade do país na resposta às calamidades e lhe permitiu enfrentar o mundo com mais abrangência e franqueza.
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