Na reunião internacional de assistência a Mianmar, realizada no dia 25 na capital do país, Yongon, a comunidade internacional comprometeu continuar oferecendo assistências a Mianmar, país atingido pela passagem do ciclone "Nargis", para ajudá-lo no resgate e na reconstrução após a calamidade.

Mais de 500 representantes provenientes dos 52 países estavam presentes na reunião e guardaram um minuto de silêncio pelas mortes causadas pela calamidade. De acordo das recentes informações divulgadas pelo governo birmanês, o ciclone "Nargis" que atingiu duramente o país nos dias 2 e 3 de Maio causou uma morte ou desaparecida de mais de 130 mil pessoas, além da perda econômica de 11 bilhões de dólares norte-americanos.

Visitando Mianmar duas vezes desde o dia 22, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, apelou na reunião à comunidade internacional que ofereçam ativamente assistências ao país. Ele disse que o ciclone atingiu a Delta de Ayeyawaddy e destruiu a vida do povo birmanesa, poucos países são capazes para enfrentar a calamidade tão grave. Segundo ele, as ações internacionais de assistência durarão pelo menos por seis meses, e durante o período, além de tomar conta da vida das vítimas, devem-se ajudá-los na reconstrução após a calamidade.

No seu discurso, o chanceler chinês, Yang Jiechi, afirmou que o resgate do terremoto da China ainda está no momento de urgência, porém, para ajudar o povo birmanês passar dificuldade, o governo chinês decidiu dar uma assistência de 10 milhões de dólares norte-americanos, além de US$ 1 milhão já doado.

Segundo Yang, a China apóia o papel construtivo das Nações Unidas e da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) no processo de resgate e reconstrução em Mianmar, bem como a posição de liderança da ASEAN em coordenar todas as partes no mesmo processo. Yang ainda destacou que o resgate e a reconstrução são de natureza humanitária e a parte chinesa se opõe a politização da questão.

Na reunião, diversos países fizeram novos compromissos de assistência. A União Européia anunciou uma assistência de US$ 26,8 milhões, além de US$ 72,5 milhões já doados. A Austrália comprometeu US$ 24 milhões em auxílio e as Filipinas aumentarão a sua ajuda para US$ 20 milhões.

O representante dos Estados Unidos, vice-secretário-assistente de Estado, Scott Marciel, disse na reunião que seu país está preparado para aumentar o valor do auxílio, na base de US$ 20,5 milhões já feitos, mas uma pré-condição será que o governo birmanês permita os especialistas internacionais de calamidade a inspecionar as regiões atingidas pelo ciclone, a fim de decidir como ajudar o melhor as zonas vítimas.

O primeiro-ministro de Mianmar, Thein Sein, disse na reunião que seu país dá boas-vindas às ajudas internacionais sem condições, e atualmente, 3200 toneladas de materiais de ajuda humanitária estrangeira tinham entrando em Mianmar. Ele ainda deu uma lista de materiais mais necessários para o resgate e disse que os suprimentos podem ser trazidos por mar, terra ou ar, mas caso eles tenham que ser trazidos por mar, somente os navios civis serão permitidos.

Segundo outras informações, a estação de transporte para a escala dos materiais de ajuda internacional tinha entrado na operação no dia 24 no Aeroporto de DonMueang, em Bangkok, capital da Tailândia.