O governo chinês está fazendo o máximo para socorrer a população atingida pelo sismo no sudoeste da China. Ao mesmo tempo, a distribuição de materiais nas zonas afetadas pelo desastre está em intenso andamento. Até as 14h desta terça-feira (20), governos de diferentes níveis já destinaram mais de 11,7 bilhões de yuans aos trabalhos de resgate. Funcionários do Ministério de Assuntos Civis declararam que o governo está fazendo o máximo possível para a realocação das vítimas. Ouça a reportagem sobre o tema.
O abalo sísmico de 8,0 graus na escala Richter sacudiu dia 12 deste mês a província de Sichuan, no sudoeste da China, causando grandes perdas humanas e econômicas. Foram interrompidos os transportes, o abastecimento de energia elétrica e as telecomunicações em torno do epicentro, onde as instalações públicas sofreram fortes danos. As autoridades chinesas e os órgãos competentes reagiram imediatamente para restabelecer o transporte, as telecomunicações e o abastecimento de água, energia e alimentos.
Na coletiva organizada pelo gabinete de imprensa do Conselho de Estado, a vice-ministra chinesa de Assuntos Civis, Jiang Li, explicou:
"Enviamos até agora 280 mil barracas às zonas afetadas pela calamidade, mas esse número ainda é insuficiente. O Ministério de Assuntos Civis encomendou mais 700 mil barracas em caráter de urgência e as fábricas estão trabalhando 24 horas para acelerar a produção. Além disso, estamos organizando a produção de habitações móveis para garantir o abrigo das vítimas do desastre. O fornecimento de alimentos e água também é urgente".
Segundo Jiang, até esta segunda-feira, os Ministérios de Finanças e de Assuntos Civis destinaram 960 milhões de yuans a Sichuan, Gansu, Shaanxi, Chongqing e Yunnan, além de enviar 280 mil barracas, 780 mil cobertores, 1,78 milhão de roupas e outros materiais como alimentos e água potável estimados em 218 milhões de yuans.
O sismo deixou mais de 5 milhões de desabrigados, muitos dos quais perderam seus familiares. Foram encontradas até o momento mais de 70 crianças cujos pais morreram no desastre. Os órfãos e crianças separadas de seus pais por causa do sismo estão sob os cuidados de instituições filantrópicas. Crianças e idosos que perderam todos os familiares e pessoas que ficaram com alguma deficiência por causa do terremoto receberão, nos próximos três meses, 1.800 yuans em subsídios. Psicólogos também entraram nas zonas afetadas para prestar atendimento.
Até as 14 horas desta terça, a sociedade chinesa recolheu 13,9 bilhões de yuans em contribuições, inclusive 12,5 milhões em dinheiro. As autoridades reforçaram a administração e supervisão sobre as doações para garantir que cheguem às zonas afetadas. A vice-diretora do Departamento de Socorro do Ministério de Assuntos Civis, Pang Chenmin, disse:
"As doações devem ser integralmente destinadas às zonas atingidas pelo terremoto. Neste momento, são utilizadas principalmente no resgate, salvamento de vida e na realocação das vítimas. Na próxima etapa, serão utilizadas na reconstrução de prédios e outras instalações".
Segundo a vice-ministra de Assuntos Civis, Jiang Li, a utilização das doações será divulgada a toda a sociedade como forma de supervisão. Jiang disse que o trabalho focalizará a reconstrução e a elaboração de planejamentos de longo prazo das zonas afetadas.
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