Após o sismo de Wenchuan, a Rússia ofereceu imediatamente materiais de socorro e uma equipe com experiência em resgates. Até agora, a equipe russa já salvou uma mulher de 61 anos que ficou 127 horas presa sob os escombros.
No dia 17 à tarde, a equipe de resgate russa recebeu a informação de que a senhora aposentada e moradora da cidade de Dujiangyan, Xu Rongxing, estava soterrada embaixo do edifício. Sem demora, os resgatadores russos dirigiram-se para o local em dois carros especiais. O membro da equipe Vladimir Legoshin recorda:
"Só sabíamos que a mulher estava embaixo dos destroços, por isso usamos equipamentos profissionais para detectar sua posição exata. Porém devido à complexidade no local, ainda tivemos de tomar muito cuidado ao tentar retirar a vítima, para evitar novos desmoronamentos no edifício."
Devido à estrutura complexa, os trabalhos de resgate encontraram dificuldades. Mas o profissionalismo da equipe russa acalmou as pessoas presentes. Depois de apenas uma hora de operação, Xu Rongxing foi retirada milagrosamente dos escombros. Wei Zhong, um morador local que testemunhou todo o processo pessoalmente, elogiou os trabalhos da equipe russa:
"A sua chegada é um novo incentivo psicológico para a população da área afetada. Por isso, agradecemos as equipes de resgate estrangeiras."
Composta por 51 membros, a equipe de resgate russa, chegou no dia 16 a Chengdu, capital de Sichuan, e logo depois seguiu para o distrito de Hanwang, na cidade de Mianyang, para dar início aos trabalhos de resgate. No dia seguinte, os russos foram transferidos para Dujiangyan. Além de resgatadores profissionais, a equipe também conta com médicos, enfermeiros, engenheiros e psicólogos. Eles já participaram de resgates em quase todos os continentes. O chefe da equipe, general Sergey Savov, considera que, em comparação com outras calamidades que presenciaram, o sismo de Sichuan foi o mais complicado:
"O terremoto afetou uma região vasta e populosa, por isso, causou muitas perdas humanas. Além disso, os fatores climáticos e meteorológicos também dificultaram os trabalhos de resgate."
Além de salvar vidas humanas, a equipe também conseguiu resgatar três cachorros de estimação. No dia 19, uma semana depois do terremoto, a equipe continuava trabalhando com empenho. O chefe de uma divisão da equipe Andrey Mardenu disse:
"Abaixo desta ruína ainda há outra mulher, mas infelizmente ela já faleceu e está numa posição muito profunda. Já a vimos. Basta encontrar. Vamos retirar as vítimas encontradas, estejam vivas ou não."
Às 14h28 do dia 19, sete dias depois do terremoto, todo o país parou para lembrar as vítimas. Todos os resgatadores russos integraram-se à homenagem da China e rezaram pelos falecidos:
"Sentimos muito pelo povo chinês. Compreendemos plenamente como estão se sentindo, por favor contenham a tristeza."
"Fiquei muito triste com a tragédia. Espero que nossos trabalhos possam trazer alguma ajuda a eles."
"Neste momento quero manifestar solidariedade e apoio a todo o povo chinês. Espero que as pessoas possam dedicar-se à reconstrução de seus lares, e para isto, estou disposto a oferecer todas as ajudas possíveis."
Depois de cumprir sua tarefa, a equipe russa deixou a China ontem à noite.
Durante os trabalhos de alívio do desastre, Sichuan recebeu equipes de resgate da Rússia, Japão, Coréia do Sul e Cingapura, além das regiões de Taiwan e Hong Kong.
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