Mais de cem embaixadores de países como Estados Unidos, Canadá, Chile, Camboja e Gabão visitaram a exposição de "Tibete da China: Passado e Presente" atualmente apresentada na capital chinesa. Após a visita, muitos embaixadores afirmaram que haviam tomado um conhecimento mais claro e completo sobre a história e da atualidade do Tibete e ficaram mais convictos de que a região é parte inseparável da China.
Na tarde de ontem, os dois salões no Palácio das Culturas Étnicas de Beijing, onde se realiza a exposição, se tornaram uma pequena "Organização das Nações Unidas". Os diplomatas de diversas cores de pele e falando diversas línguas ouviram a apresentação dos guias sobre a história e a situação atual do Tibete.
"A seguir, entramos na Dinastia Yuan. No ano 1271, Kublai Khan fundou a Dinastia Yuan e o Tibete se tornou oficialmente uma zona administrativa sob o regime central."
A exposição é dividida em duas partes: a história do Tibete e a servidão feudal e o novo Tibete com mudanças no cotidiano. Centenas de documentos históricos, relíquias, fotos e diagramas demonstram a evolução no Tibete e apresentam as relações entre o Tibete e o governo central nas diversas épocas.
O embaixador da Bolívia Fernando Rodriguez disse ao correspondente da Rádio Internacional da China que a exposição lhe permitiu ver que as condições de vida do povo tibetano estão cada dia melhores:
"Na exposição, vimos os êxitos conquistados pelo Tibete e, em particular, o padrão de vida da população foi elevado de forma significativa. O povo tem acesso a saúde e educação, a construção da infra-estrutura obteve enormes êxitos e as condições de habitação, transporte e telecomunicação foram melhoradas."
Na visita, os embaixadores conversaram entre si e fizeram perguntas aos guias sobre as fotos e relíquias até então desconhecidas. Eles não apenas mostraram surpresa com a mudança drástica no Tibete nos últimos 50 anos, como também elogiaram a sabedoria do governo chinês na administração dos assuntos da região.
O embaixador do Timor Leste na China, Olímpio Branco, considera que a exposição reflete a harmonia e o progresso no Tibete. Ele disse:
"A exposição mostra que há uma harmonia social que se vive na região autônoma do Tibete. Podemos ver a existência de templos budistas, mesquitas da religião islâmica, podemos ver igrejas católicas lá, e todos seguem a sua fé, a sua religião, em harmonia. Todos participam. Hoje, dos quadros superiores da administração local, 75 % são tibetanos, e isso mostra um grande desenvolvimento."
O embaixador do Brasil na China, Luiz Augusto de Castro Neves afirmou que ficou ciente do ritmo acelerado da modernização do Tibete nas últimas cinco décadas e que a mudança o impressionou muito:
"As transformações são impressionantes, realmente, o Tibete está se modernizando muito rapidamente. Agora, para se ter uma idéia mais clara é preciso visitar o Tibete. O governo brasileiro acha que, em primeiro lugar, reconhece a unidade territorial da China e que o Tibete é uma região autônoma da China. Em segundo lugar, o governo brasileiro confia em que os chineses, sejam eles hans, mongóis, manchus, tibetanos, uigures saibam encontrar boas formas de convivência através do diálogo, do entendimento, do respeito às culturas e do respeito às religiões."
Sobre as reportagens distorcidas de parte da imprensa ocidental sobre o Tibete, o encarregado de negócios de Ruanda, Denys Uwimana, ponderou que a cobertura da ocidental sobre o Tibete tem um viés forte. Suas reportagens não passam ao público uma imagem verdadeira do Tibete:
"No passado, tínhamos conhecimentos limitados sobre o Tibete e recebíamos só a cobertura tendenciosa da imprensa ocidental. Percebo agora que a história e a realidade do Tibete são diferentes daquelas reportagens."
A maioria dos diplomatas considera que a história mostra que o Tibete é parte inseparável da China. Os assuntos da região são da política interna chinesa. Segundo eles, a comunidade internacional deve respeitar o direito do governo chinês de tratar os assuntos do Tibete conforme as leis e se opor a usar a região para pressionar a China.
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