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Comunidade internacional deve tirar lição da alta dos preços dos alimentos
2008-04-25 16:01:35    cri

No último período, a contínua alta dos preços dos gêneros alimentícios provocou apreensão na comunidade internacional sobre a segurança alimentar. Agora, os preços de petróleo e de alimentos estão no foco da atenção mundial, e algumas organizações internacionais mais pessimistas consideram que estamos diante de uma crise global de alimentos. Mas o especialista do Departamento Geral de Comércio e Mercado da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), Abdolreza Abbassian, tem idéia diferente. Ouça a seguir a reportagem do correspondente da CRI na Itália:

O economista falou:

"Será que estamos mesmo diante de uma crise global de alimentos? Vamos fazer uma comparação entre a situação atual e a de 1973, e podemos falar que agora não há nenhuma crise. Em 1973, estava difícil comprar os alimentos porque não havia oferta. Agora, temos grande quantidade de alimentos e cereais."

Sobre a contínua alta dos preços alimentares, ele disse:

"os principais motivos são a baixa na produção agrícola dos países exportadores, por causa das calamidades naturais, e a carência de estoque no mundo. Além disso, o preço alto do petróleo também tem muita influência, porque o custo de transporte dos produtos subiu bastante. As confusões no mercado internacional são geradas por razões diversas, como a desvalorização do dólar norte-americano e a oscilação do mercado financeiro. Estes aspectos não são motivos diretos da alta dos preços dos gêneros alimentícios, mas atuam como complicadores."

Para parte da opinião pública, o principal culpado pela alta de preços é o uso amplamente difundido de plantações para a produção de biocombustíveis. Para o especialista, entretanto, que este é um dos motivos, mas não é o fundamental. Ele também refutou o rumor de que a grande importação de alimentos da China, Índia e outros países emergentes teria elevado os preços:

"Tanto China como Índia garantem a auto-suficiência da oferta alimentar e até têm uma parte para exportar. Há quem diga que, com seu crescimento acelerado, esses países acabaram provocando a crise, mas isso não é verdade. O aumento da demanda destes dois países é decorrente do crescimento populacional e da elevação da renda. Mas estas mudanças também trazem mais investimentos à agricultura e estimulam o desenvolvimento agrícola do país."

Ele elogiou as medidas do governo chinês para garantir a segurança alimentar:

"para mim, até o momento, as políticas agrícolas adotadas pelo governo chinês são pertinentes e eficientes, especialmente nas áreas de promoção de produção, auto-suficiência, as questões de terra e água e sobre a alta demanda de vegetais. Neste ano, a China elevou o preço de aquisição dos cereais para estimular a produção. Tudo isso é muito positivo."

Atualmente, a questão mais premente para o mundo é quando os preços de alimento poderão baixar. Segundo a previsão da organização, ele revelou que a produção dos gêneros alimentícios vai aumentar este ano e, provavelmente, os preços baixarão no verão. Entretanto, é difícil ter uma grande queda e a oscilações devem durar até o ano que vem, destacou.

O fato de não estarmos caindo na crise não significa que podemos ficar despreocupados. Ele disse:

"prefiro tomar estas oscilações de preços como sinais de alerta. Podemos aprender muito com situação deste ano para saber o que fazer no futuro e quais são os campos de investimento mais eficientes para evitar a crise. Este ano é muito importante, por que é o primeiro alarme para o mundo desde 1973. Para as Nações Unidas e outras organizações internacionais, o mais importante é tirar uma lição do acontecimento atual para, em seguida, tentar resolver os problemas. Senão, o mundo vai ter uma crise real."

 
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