O mapa de fornecedores das redes de terceira geração (3G) para as operadoras de telefonia móvel brasileiras está quase definido. A operadora Brasil Telecom anunciou nesta quarta-feira que contratou a sueca Ericsson e a chinesa, a ZTE.

As operadoras Claro, Oi, TIM e Telemig fecharam contratos de fornecimento com a sueca Ericsson, a fino-alemã Nokia-Siemens e a chinesa Huawei.

Com a escolha da Brasil Telecom, as empresas chinesas vão predominar no mercado brasileiro. O mercado ainda aguarda a decisão da Vivo.

Na Brasil Telecom, a ZTE será responsável pelos equipamentos de acesso a serem usados no Acre, em Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins. A empresa sueca fornecerá os equipamentos de acesso nos Estados do Sul, em Goiás e no Distrito Federal. A Ericsson também será responsável pela implantação do núcleo da rede.

De acordo com o levantamento da empresa de consultoria Teleco, todas as cinco maiores operadoras de celular do país terão entre seus fornecedores um fabricante chinês.

"Nessa onda da 3G no Brasil, os contratos estão indo, na maior parte, para três empresas: Ericsson, Nokia-Siemens e Huawei", disse o diretor da Teleco, Eduardo Tude.

"Na Brasil Telecom, vimos a ZTE e não a Huawei, mas isso indica que as operadoras estão preferindo ter pelo menos um fornecedor chinês que ajuda a puxar o preço para baixo na concorrência."

O mercado considerou surpreendente o fato de a chinesa Huawei, que chegou ao Brasil anos depois das outras fabricantes, importar todos os produtos e nem ter fábrica instalada aqui por enquanto, ter se posicionado tão fortemente nesse curto espaço de tempo.

A Vivo é a única que ainda não definiu de quem irá comprar sua infra-estrutura, mas deverá tomar uma decisão até o fim deste mês.

A expectativa é que a escolha recaia sobre a Ericsson e a Huawei, que em 2006 instalaram por cerca de R$ 1 bilhão a rede da operadora no padrão GSM.

A terceira geração de telefonia celular (3G) é um estágio da tecnologia caracterizado pelo tráfego de dados em alta velocidade pela rede sem fio.

A implantação da 3G no Brasil deve movimentar entre 3 e 5 bilhões de reais este ano.