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China: destaques econômicos(fotos)-- por Carlos Tavares
2006-08-03 09:24:59    cri
China está chamando atenção de todo o mundo. A seguir apresentamos um artigo publicado numa revista do Brasil e escrita por famoso jornalista Carlos Tavares sobre o perfil dos portos e navios da China, e possívelmente uma comparação entre as áreas dos dois países.
Diariamente, pela internet, jornais e revistas internacionais são transmitidas informações sobre a economia chinesa, pouco ou não divulgadas no Brasil. Trata-se de assunto de interesse não só de empresários e estudantes como do povo em geral, que precisa conhecer melhor, sem preconceitos, a cultura e atual situação da nação asiática. Após quatro séculos de retraimento, retornou a China ao primeiroplano político-econômico mundial, já em condições de rivalizar-se com os Estados Unidos e até de superá-los em vários setores. Recentemente, em Chicago, o senador Adlai Stevenson afirmou que " a ignorância a respeito da China é o grande obstáculo à intensificação das relações com os EUA". Na mesma linha, o presidente da Vale do Rio Doce e do Conselho Empresarial Brasil-China, Roger Agnelli, assinalou que "a falta de conhecimento mútuo" é o principal problema para a melhoria das relações bilaterais. Em abril de 1994, o Departamento de Comércio dos EUA publicou extenso relatório sobre os grandes mercadosemergentes no qual ? em correta e absolutamente pragmática previsão ? admitia: "A China já é a terceira economia mundial e pode tornar-se a segunda ou mesmo a maior no início do século XXI". No mesmo documento, com a habitual objetividade americana, o DC criava a Chinese Economic Area (CEA), reunindo dados do comércio exterior da China, Hong Kong e Taiwan, que (em 1992) somavam US$ 547 bilhões, já a 4ª força do mercado mundial. Decorridos 13 anos, em 2005, as exportações/importações dessas três origens chinesas chegavam a US$ 2,4 trilhões, resultado semelhante ao dos EUA. Este ano, pelos registros do primeiro semestre, certamente, o grupo da CEA assumirá a liderança absoluta do comércio internacional, com mais de 10% do total, confirmando a previsão do DC. Até junho, em crescimento recorde de 25%, as exportações chinesas atingiram US$ 428 bilhões e as importações, aumentando 22%, chegaram a US$ 367 bilhões. Mantido o ritmo de crescimento, o volume de comércio que, nesses seis meses somou US$ 895 bilhões, no final do ano deverá superar US$ 1,6 trilhão, permanecendo em terceiro no "ranking" mundial. Porém, com as exportações/importações da Região Administrativa de Hong Kong estimadas em torno de US$ 600 bilhões, o total deverá superar o resultado da Alemanha, ficando perto do líder, ainda os EUA. Nos seis primeiros meses, as exportações brasileiras para a China cresceram 36%, chegando a US$ 3,6 bilhões e as importações, com elevação de 53% atingiram US$ 3,4 bilhões. No final do exercício, a balança deverá girar em torno de US$ 15 bilhões. No início de junho, as reservas cambiais da China (formadas pelos seguidos saldos da balança comercial), as maiores do mundo, já superavam US$ 900 bilhões, mas somadas às de Hong Kong (US$ 120 bilhões) subiam a mais de US$ 1 trilhão. Vale lembrar que a maior parte dessas reservas é aplicada em bônus do Tesouro dos EUA, ajudando a equilibrar as finanças do governo americano, tornando- se, assim, trunfo chinês na política internacional.
Os investimentos estrangeiros registrados na China já superam a astronômica cifra de US$ 1 trilhão. Em 2005, os investimentos entrados somaram US$ 72,4 bilhões e nos primeiros quatro meses deste ano, crescendo 5,7%, já chegavam a US$ 18 bilhões. Mais 12,6 mil companhias foram criadas, aumentando a participação do capital estrangeiro para mais de 55% do Produto Interno Bruto (PIB) e de 60% das exportações. Em recente visita a Pequim, o diretor da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, o famoso Clube dos Ricos, com sede em Paris), Val Koromzay, afirmou que "a China, com o setor privado respondendo por cerca de 60% do PIB, já pode ser considerada economia de mercado". A propósito, a Confederação Nacional da Indústria e do Comércio da China, em recente pesquisa, apurou que já existem 33 milhões de empresas privadas nesses dois setores. Sobre o assunto, note-se que a região administrativa de Hong Kong, mesmo após o retorno à soberania chinesa, em 1997, vem mantendo seguidamente a liderança de economia mais aberta do mundo, segundo a Heritage Foundation, de Washington. O PIB chinês, com US$ 2,2 trilhões, já é o 5º do planeta, na contagem tradicional, mas, pela Paridade do Poder de Compra, também adotada pelo Banco Mundial, já supera US$ 6 trilhões, atrás apenas dos EUA.
Embora maior importadora de minério de ferro, é também a China a principal produtora da commodity, com 370 milhões de toneladas, em 2005, seguida do Brasil, com 300 milhões/t e da Austrália, 280 milhões/t, segundo a Geological Survey, dos EUA. Para atender à crescente demanda interna, e já começando a exportar, firmou-se a China como maior produtora mundial de aço, com 349 milhões/ t, no ano passado (o Brasil em 9º, com 31 milhões/t).
Tornou-se, igualmente, a principal fabricante/exportadora de eletrodomésticos, representando 50% da produção mundial, destacando-se as geladeiras, máquinas de lavar e aparelhos de ar condicionado, com cerca de 20 milhões/ano de cada unidade. Ainda entre os artigos industrializados, assumiram os chineses a liderança mundial da produção de veículos motorizados, com mais de 20 milhões de unidades em 2005 (6 milhões de automóveis). E, também, da produção/exportação de tecidos, confecções, bicicletas, brinquedos (75% da produção mundial), calçados (50% do total), computadores e de telefones celulares, entre outros itens. Na parte marítima, é a China a maior produtora de equipamentos portuários (pontes rolantes, gruas e guindastes) e também de contêineres, situando-se em terceiro lugar na construção de navios. Xangai, movimentando 443 milhões/t, em 2005, assumiu a liderança no "ranking" dos portos, além dos chineses possuírem a maior frota mercante mundial, com 3,2 mil navios (China/Hong Kong). Outro dado interessante, que dá idéia da importância do mercado interno com 1,3 bilhão de consumidores
? e cerca de 600 milhões de trabalhadores
? é a produção de cereais.
Embora um dos maiores importadores (de soja e trigo, em particular), os chineses são também os principais produtores de grãos do planeta, com 480 milhões/t, em 2005, o dobro dos EUA e mais de quatro vezes a safra brasileira.
Essa expressiva produção agrícola, sem dúvida, é o resultado da eficiente reforma agrária realizada por Deng Xiaoping, a partir de 1979, com os 200 milhões de Contratos de Responsabilidade firmados com os camponeses e algumas boas idéias. Como aproveitamento da água do mar para irrigação das plantações litorâneas, em Shandong, Hefei, Guandong e Hainan, entre as 23 províncias em que se subdivide o imenso país, com 9,5 milhões de quilômetros quadrados. A China é também a maior a produtora mundial de frutas, com destaque para maçãs (safra anual de 25 milhões/t), quase a metade do total colhido no planeta. Na pecuária, embora sejam grande importadores dessa linha, são também os chineses os principais produtores mundiais de carnes (de boi, porco, carneiro e frango), totalizando mais de 60 milhões/t, em 2005. A China aproveitou habilmente a estrutura de jogo montada na antiga colônia portuguesa de Macau ? agora reanexada ? aumentando a arrecadação pública, o turismo e o nível de emprego. No ano passado, visitaram Macau mais de 15 milhões de turistas (40 vezes a sua população), propiciando receita acima de US$ 5 bilhões, toda aplicada na educação. Com a ampliação em curso, e investimentos de US$ 12 bilhões, inclusive da rede Winn Resort (a principal dos EUA no setor de jogo), terá Macau o maior centro mundial de cassinos.
Ao decretar as reformas, há 27 anos, Deng selecionou a educação como absoluta prioridade nacional, para que o povo pudesse entender e aproveitar a abertura econômica. Hoje, decorridos esses 27 anos, praticamente sem analfabetos, dispõe a China do maior sistema educacional do mundo, com mais de 460 mil escolas primárias e 65 mil secundárias, apresentando índice recorde de matrículas de 98,5% e 90%, respectivamente. Cerca de 20 milhões de estudantes de nível superior freqüentam 2 mil institutos e universidades. Aplicando 4% do seu PIB na educação, com o ensino obrigatório por 9 anos, a China conta com mais de 320 milhões de alunos e cerca de 1,2 milhão de centros docentes. Seria bom se o Brasil pudesse aproveitar algumas das bem-sucedidas idéias do resumo acima, como as referentes à reforma agrária/água do mar, jogo/turismo e na área da educação, para solução de antigos problemas locais.
 
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