Segundo o vice-diretor do Museu da Porcelana de Jingdezhen, Xu Taosheng, durante a dinastia Song, a porcelana branca e verde produzida no local agradou muito ao então imperador chinês, que outorgou o nome do reinado à cidade.
"Em 1004, o imperador Zhao Heng concedeu ´Jingde´, o nome do seu reinado à nossa cidade. É a única cidade chinesa com o nome de um reinado imperial."
As peças produzidas em Jingdezhen são conhecidas pela boa qualidade. Há muito tempo, começou a fornecer porcelanas exclusivas à familiar real. O primeiro imperador da dinastia Ming, Zhu Yuanzhang, instalou a primeira oficina imperial em Jingdezhen. Na dinastia Qing, imperadores mandavam enviados especiais para supervisionar a produção de porcelanas. A oficina imperial reunia os melhores artesãos e utilizava as melhores matérias-primas. De acordo com Xu Taosheng, a oficina chegou a ter capacidade de produzir 40 mil peças por vez para a família imperial.
"Segundo registros históricos, esta oficina imperial tinha extensão de um quilômetro e meio. Era dividida em vinte seções e empregava um total de 10 mil pessoas. Era uma cadeia completa."
A partir da dinastia Song, as porcelanas de Jingdezhen começaram a ser transportadas ao mundo todo via Rotas da Seda continental e marítima. Eram consideradas pelos ocidentais como "ouro branco". No final do século XV, países europeus entraram um a um no comércio desta arte com a abertura de novas rotas marítimas pelos portugueses. Somente entre 1602 e 1657, cerca de três milhões de peças foram transportadas à Europa. Xu Taosheng completou.
"Além de comprar peças prontas, nobres europeus costumavam fazer encomendas. Eles chegaram a pedir para colocar o símbolo da família nas peças para uso exclusivo, o que até causou certo pânico entre países ocidentais por falta de prata."