O apoio da China ao exterior começou quase no mesmo momento da fundação da República Popular. Há 60 anos, a formação dos recursos humanos fez importante parte de seus esforços para fortalecer a capacidade dos países beneficiários no próprio desenvolvimento.
Desde a década de 50 do século passado, o governo chinês, além de fornecer bolsas de estudo a mais de 70 estudantes africanos, convidou 120 mil autoridades e técnicos de 173 países e regiões para os programas de colóquio e formação nas áreas de economia, gestão, agricultura, saúde e medicina, direito, educação e proteção ambiental.
A Academia Internacional para as Autoridades Comerciais, subordinada ao Ministério do Comércio da China, começou a organizar os colóquios e os cursos de formação no final dos anos 90. O presidente da academia, Jin Xu, disse: "Em 1998, promovemos a primeira palestra para autoridades estrangeiras para discutir a gestão econômica dos países africanos. Em 2008, promovemos 17 palestras do gênero. No ano passado, o número ultrapassou a casa dos 30 e, em 2010, já foram mais de 50."
A Academia Internacional para as Autoridades Comerciais (AIBO, na sigla em inglês) foi criada em 1980. Em agosto de 1998, organizou o primeiro colóquio para as autoridades da administração econômica dos países em desenvolvimento. Até o final de julho deste ano, organizou 149 colóquios com a participação de mais de três mil funcionários procedentes de 134 países. O presidente Jin destacou o Colóquio para Autoridades Moçambicanas sobre as Zonas Econômicas Especiais, evento promovido em junho deste ano. Ele disse: "Moçambique é um importante país da África. Depois da posse, o novo governo enviou 26 funcionários do alto escalão para participar da palestra. O ministro do Comércio da China, Chen Deming, exigiu que a gente fizesse uma agenda conforme as necessidades do país africano e que apresentasse as soluções de que eles realmente necessitavam."
Durante o colóquio, o ministro chinês Chen Deming apresentou aos funcionários moçambicanos a teoria da economia de mercado socialista e as práticas da China. Eles foram ainda a Macau e a Shenzhen para visitar as empresas e reunir-se com os funcionários locais. O vice-ministro do Interior e chefe da delegação, José Mandela, considerou: "No século passado, aprendemos as experiências da China na luta pela independência e libertação nacionais. E agora, viemos aprender suas experiências no desenvolvimento econômico. O colóquio é aproveitoso."
Os programas de apoio da China ao exterior contam sempre com a ajuda e o apoio de muitas instituições e empresas chinesas. O secretário-geral do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, em Macau, Chang Hexi, disse: "O Fórum para a Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa foi criada em 2003. E desde sua criação em Macau, nós temos implementado plenamente os domínio de cooperação definidos no programa para cooperação econômica e comercial, desempenhando cada vez mais profundamente o papel de Macau como plataforma de serviços nas relações econômicas e comerciais entre a China e os países de língua português. E temos atribuído uma grande importância à cooperação na área de formação de recursos humanos no quatro do fórum de Macau. Nos últimos sete anos, mais de 2.100 autoridades e técnicos provenientes dos países de língua portuguesa participaram de mais de 200 atividades para cooperação no domínio de desenvolvimento de recursos humanos organizadas pela parte chinesa, o que antecipou e ultrapassou a meta de formação de 900 até o fim de 2009 definida na segunda conferência ministerial do fórum de Macau."
A Corporação de Agricultura de Hunan é uma empresa estatal fundada em 1998. Nos últimos três anos, formou 124 estudantes procedentes de 36 países. Yang Fuchu, presidente da Corporação, considerou que o apoio ao exterior é uma responsabilidade social das empresas chinesas em busca do desenvolvimento comum de todos os países e da harmonia social. Ele disse: "O apoio ao exterior é um das importantes responsabilidades sociais de uma empresa do nosso porte. Através da capacitação dos recursos humanos, fornecer aos beneficiários técnicas e materiais, além das nossas experiências administrativas, a eficiência do trabalho é otimizada. Dessa forma, a população se livrará o quanto antes dos problemas relacionados à moradia e alimentação para, enfim, seguir o caminho do enriquecimento."
Entre junho e agosto deste ano, a Corporação de Agricultura de Hunan organizou um curso sobre a cultura de plantas oleaginosas e as técnicas de irrigação, e teve a participação de 24 estudantes que vieram de Angola, Timor-Leste, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique. O funcionário do Ministério da Agricultura da Guiné-Bissau, Paulo Nacoy, disse: "O que eu aprendi aqui é grande. É grande não só no termo da diplomacia, mas no termo de tecnologias, em termos também da confiança espiritual. A empresa realmente deu grandes aulas, porque contratou professores da universidade aqui e pesquisadores de centros, por exemplo, de produção do arroz, irrigação e tecnologias avançadas, que podem melhorar o treino. Então, essa equipe de professores são professores de alta experiências, cientistas até. O trabalho de grande louvor."
A engenheira técnica agrária que veio de Cabo Verde, Maria de Lurdes Fonseca, disse: "Vim e gostei. Vi muitos matérias e outros conhecimento que não sabia, mas quero levar. E acho que vai contribuir bastante para ajudar o desenvolvimento da agricultura lá em Cabo Verde. Há uma cultura que me chama muita atenção, a cultura de plantas óleoginosas. Essa pode adatar-se a nossas condições. Estou pensando pesquisar um ensaio no nosso país e depois, introduzir e desenvolver."
Um provérbio chinês diz: ensinar a pescar é melhor do que oferecer peixes, pois, a oferta do peixe satisfaz a necessidade de uma refeição, mas a pesca é uma habilidade para toda a vida. O governo chinês vem prestando cada vez mais atenção em dar suporte com recursos humanos. No ano passado, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, comprometeu-se em formar 20 mil pessoas de países africanos no período de três anos.
E em maio deste ano, o Ministério do Comércio da China declarou que vai criar 15 bases de formação em Beijing, Shanghai, Hunan e Guangdong em busca do reforço do interâmbio e cooperação na formação de recursos humanos com outros países em desenvolvimento.
Sessenta anos as e passaram. Mas, o objetivo final de apoio da China ao Exterior nunca mudou: ajudar outros países na busca do seu próprio caminho de desenvolvimento pacífico.