Luo Dongxia, médica do Hospital Popular No.10 de Chengdu da província de Sichuan, trabalhou entre 2004 e 2006 como intérprete na equipe médica enviada pelo governo chinês a Moçambique e à Guiné-Bissau. Ela começou a estudar o português ao inteirar-se da carência de intérpretes de língua portuguesa na equipe médica chinesa aos países lusófonos africanos. Há 10 anos, tem se dedicado à carreira profissional de saúde, e nos últimos 5 anos tem trabalhado nos países africanos como membro da equipe médica, onde testemunhou os êxitos da equipe médica. Luo disse à nossa reportagem: "Dar assistência médica é a tarefa árdua mas gloriosa. Todos nós, membros da equipe médica, cientes de nossa missão, trabalhamos com grande amor à terra natal e com amizade ao povo africano."
Um dia, o hospital onde ela trabalhava recebeu um paciente. Era um jovem de uns 20 anos, tuberculoso e hepático, que já sentia dificuldade de respiração e não podia falar. Ele teve um derrame pleural. O médico da clínica de emergência decidiu realizar uma cirurgia imediatamente. Na toracotomia, os líquidos saíram em jato e sujaram o médico, do peito para baixo, e a Luo estava ao seu lado ajudando. Os presentes exigiram que eles parassem a operação para fazer desinfecção no mesmo instante. Porém, eles se limparam rapidamente e prosseguiram com a operação. Luo disse à nossa reportagem: "Se parássemos a cirurgia naquele momento, o paciente não teria salvação. Nossa operação foi bem sucedida e o jovem, recuperado, teve alta hospitalar um mês depois. A esposa nos agradeceu dizendo 'obrigada', 'China', 'bom'. E nós, os médicos, nos sentimos muito satisfeitos por termos salvo uma vida."
Em Moçambique e na Guiné-Bissau, as instalações médicas são precárias, faltam medicamentos, e as condições sanitárias, insatisfatórias. A equipe médica da China leva técnicas avançadas a esses países e presta sempre os melhores serviços médicos à população. Também leva a medicina tradicional chinesa como acupuntura e massagem e integra a medicina tradicional com a medicina ocidental, obtendo bons resultados, especialmente no tratamento de algumas doenças incuráveis, criando até mesmo muitos "milagres".
Na Guiné Bissau, a malária é uma doença comum. Muitos médicos da equipe foram infectados pela enfermidade. No entanto, ninguém se queixou. Todos se orgulham de serem membros da equipe médica chinesa. Luo Dongxia disse: "Estou muito feliz de trabalhar na África pelo povo africano. Se for possível, não hesitarei em fazer o mesmo e dedicar minha juventude aos necessitados, pois sou uma profissional médica e salvar vidas e curar doentes é a minha missão."