Os desenhos de faces animais eram chamados como desenhos de Taotie, um animal mitológico, que embora tivesse a cabeça, era desprovido de corpo e que se alimentava de seres humanos. De fato, são desenhos de inspiração zoomórficas com uma incrível variação de caras animalescas, razão pela qual, passaram a ser chamados de desenhos de faces animais.
Esses desenhos foram encontrados, na época neolítica, em vasos de jade e pedra. Já dinastia Shang, foram usados mais popularmente em utensílios de bronze. Qual é o significado desses desenhos? Para muitos especialistas, estes desenhos de caras animalescas estão impregnados da essência religiosa que formam os ambientes solenes e íntimos dos cultos. Porém, após a análise comparativa entre esses objetos, as decorações de outras épocas e com motivos secundários, outros especialistas consideram que esses desenhos, retratavam um rei celestial da religião da antiguidade. Mas, ainda é uma questão polêmica e ninguém sabe a conclusão.
Os desenhos das faces animalescas em geral fazem do nariz o eixo central da arte, os traços dos dois lados são geometricamente dispostos, chifre na parte superior e os olhos na inferior. Os desenhos mais delicados apresentam sobrancelhas e par de orelhas. A maioria dos desenhos mais simples mostra apenas a cabeça, porém, nos mais completos foram acrescentados garras, corpo e rabo. Quase todos os tipos seguem esses modelos, com diferenças apenas de época e técnica de sua expressão.
Os primeiros desenhos de caras animalescas apareceram em estelas dos últimos momentos da dinastia Xia, sendo muito simples esboçando apenas alguns traços da cara de animal. (foto 1).
Nos primeiros tempos da dinastia Shang, esses desenhos se prendem apenas nos dois olhos e, geralmente, usam traços simples: linhas retas no interior e curvas nos limites da figura retratada (foto 2). Quase não se percebem os de chifre. O corpo é muito abstrato, o rabo é simbólico. Porém, os traços são de duas variedades: grossos e finos. Em alguns objetos, duas variedades aparecem ao mesmo tempo.
Em meados da dinastia Shang, os traços dos olhos foram aprimorados, conseguindo transmitir a elegância do animal. Quanto a espessura, os traços tornaram-se mais finos, surgindo as formas de trovões e leques. Em suma, ficaram mais delicados, sendo pequenas as diferenças nos traços do desenho principal com os usados para os motivos de fundo (foto 3).
No último período da dinastia Shang, a arte de escultura em diferentes dimensões passou a ser aplicada nos desenhos e os traços principais começaram a aparecer em relevo, enquanto os traços de fundo mantinham-se planos. Com essa técnica de contraste de relevos, a arte passou a mostrar uma vivacidade e nitidez misteriosa. Nessa época, tais decorações faciais zoomórficas se dividem em geral em três tipos: imagem completa, sem membros e representativo.
Os desenhos de imagens completas já mostram parte de chifre, patas, garras, corpo, usando o relevo nos traços principais. Porém, os olhos foram diminuídos. A foto mostra a decoração da variedade mais comum (foto 4).