Yan
O Yan foi concebido em duas partes para cozinhar os alimentos a vapor: o Zeng, a parte superior, se destinava a colocar os cereais. Em contrapartida, o Li servia para armazenar a água a ser aquecida. Entre eles, havia ainda uma grade de separação. Esta peça, nas versões redonda e quadrada, surgiu durante a dinastia Shang e foi utilizada até o final do período dos Reinos Combatentes.
No início da dinastia Shang, o Yan era basicamente composto pelo Zeng e o Li (foto 32). Seu conceito foi alterado durante a dinastia Zhou do Oeste. No final da dinastia Shang, o Zeng era caracterizado por pegadores eretos e por sua profundidade, um pouco maior do que a do Li (foto 33).
Na dinastia Zhou do Oeste, o Zeng e o Li eram proporcionais e passaram a ter pegadores laterais (foto 34). Na versão criada nos meados da dinastia Zhou do Oeste, o Zeng passou a ser retangular e o Li elipsoidal - quadrado (foto 35). No final da dinastia Zhou do Oeste, o Li começou a ser suprimido, vindo a desaparecer (foto 36).
Na versão que surgiu durante o período de Primavera e Outono, a maior parte das peças passou a ter uma boca larga, pegadores laterais e a ser mais inclinado (foto 37).
Gui
O Gui também era uma peça concebida para cozinhar alimentos como trigo, seiva, arroz e sorgo. De fato, oriunda do início da dinastia Shang, tornou-se um dos objetos de bronze mais importantes dos cerimoniais religiosos, prevalecendo até meados do período de Primavera e Outono.
O Gui era um dos raros objetos de bronze do início da dinastia Shang, caracterizado pela forma em aro de seus pés e por ser produzido com ou sem pegadores (foto 38).
Seu desig'n foi alterado apenas no final da dinastia Shang, quando passou a ser produzido em duas versões: gargalo fino, pés em forma de aro, com ou sem pegadores. O Gui com pegadores (foto 39) precede as peças sem pegadores (foto 40). O outro modelo é fundo, com paredes retas ou inclinadas, e pés em forma de aro. Este também era produzido com pegadores (foto 41) ou sem pegadores (foto 42), mas era desprovido de tampas.
As peças produzidas durante a dinastia Zhou do Oeste preservavam o conceito da dinastia Shang. Mas, ganhou bases por debaixo de seus pés em forma de aro, a fim de aumentar sua altura (foto 43), como nas versões em três ou quatro pés (foto 44). No Gui, com três ou quatro pés, os pegadores estão no meio de suas bordas (foto 45). Já nas peças grandes, os pegadores são retangulares (foto 46).
Em meados da dinastia Zhou do Oeste, surgiu uma nova versão elipsoidal do Gui. Seus pés em aro são suportados por pés pequenos, assim apareceu a forma básica do Gui (foto 47). Porém, seus pegadores eretos e com anéis possuem formas zoomórficas (foto 48). Sua tampa foi concebida para, quando invertida, servir como uma travessa para carnes (foto 49).
No final da dinastia Zhou do Oeste e no início do período da Primavera e Outono, o Gui mantinha sua forma elipsoidal (foto 50). Durante a metade do período de Primavera e Outono, o Gui foi excluído da lista dos objetos de bronze presentes nos cerimoniais. Porém, as peças desenterradas demonstram certas características locais e da época (foto 51).