O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu ontem (4) uma ordem de prisão contra o presidente sudanês, Omar Hassan Ahmad al-Bashir, por crimes de guerra e crimes contra a humanidade em Darfur. O governo sudanês rejeitou a ordem.
A porta-voz do TPI, Laurence Blairon, disse que Bashir é acusado de cinco crimes contra a humanidade e dois de guerra, mas não de genocídio. Ela pediu que o governo sudanês coopere com o TPI para capturar Bashir.
O governo sudanês anunciou que a decisão do TPI não tem validade no Sudão, a acusação sem provas contra o presidente é uma humilhação à soberania do país.
O representante permanente do Sudão na ONU, Abdalmahmood Abdalhaleem Mohamad, anunciou que o Sudão não é membro do TPI e, por isso, não está sob sua jurisdição e nem vai cooperar com a entidade. Mas o país continuará a cooperar com a ONU.
Segundo a imprensa local, milhares de sudaneses realizaram uma assembléia em Cartum, condenando a interferência do TPI nos assuntos internos do Sudão. Bashir encontrou-se com a população nas principais ruas de Cartum.
No mesmo dia, o vice-presidente sudanês, Ali Osman Mohamed Taha, revelou que Bashir vai se encontrar com dois vice-presidentes para discutir a questão. Os três líderes concordaram em respeitar os acordos nacionais e internacionais já firmados.
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