O vice-presidente chinês Xi Jinping, em visita ao Brasil, reuniu-se ontem (19) em Brasília com dirigentes brasileiros, trocando opiniões sobre a parceria estratégica entre os dois países.

Durante o encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Xi disse que o significado do reforço das cooperações entre China e Brasil, duas nações emergentes importantes, já superou a dimensão bilateral e está exercendo uma influência internacional e estratégica cada dia maior. Segundo ele, sua visita tem como objetivo discutir com o Brasil a implementação dos consensos entre os dois chefes de Estado e aprofundar a parceria estratégica bilateral. Ele propôs ainda que os dois países reforcem a orientação política para os laços bilaterais e impulsionem as cooperações comerciais e tecnológicas, além de apoiar as colaborações de diversas formas nas áreas como cultura, educação, imprensa, esporte, turismo para elevar o nível da cooperação sul-sul. Lula disse que a crise financeira internacional trouxe oportunidade para o desenvolvimento dos laços bilaterais e as duas partes devem intensificar cooperações e manter interesses dos países em desenvolvimento.

Em reunião com o chanceler brasileiro, Celso Amorim, representante especial indicado pelo vice-presidente brasileiro, Jose Alencar, atualmente hospitalizado, o vice-presidente Xi salientou que a China quer reforçar comunicações e coordenações com o Brasil na resposta à crise financeira internacional, prevenir a recessão econômica mundial e promover reformas do sistema financeiro internacional. Amorim disse que as duas partes devem reforçar cooperações, a fim de promover a parceria estratégica sino-brasileira.

Ainda ontem, Xi Jinping encontrou se respectivamente com os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados do país, José Sarney e Michel Temer. Ele espera que as instituições legislativas reforcem intercâmbios e diálogos, a fim de contribuir mai para o desenvolvimento das relações bilaterais.

Antes de partir de Brasília rumo a Manaus, Xi disse que as cooperações entre a China e a América Latina têm boas perspectivas e grande potencial.