Rússia e Ucrânia chegaram ontem (19) ao consenso sobre a crise do transporte e fornecimento de gás natural pelo território ucraniano, e assinaram um acordo de compra e venda de gás de dez anos, de 2009 a 2019. A União Européia (UE) deu boas-vindas ao acordo.
Segundo reportagem da agência de notícia russa ITAR-TASS, o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, discutiu o problema de forma detalhada com a primeira-ministra ucraniana, Yuliya Tymoshenko, e ambas as partes assinaram o acordo, criando condições para a retomada do fornecimento de gás natural russo à Europa via Ucrânia.
Putin, na cerimônia de assinatura, disse que Rússia e Ucrânia cederam no processo de negociações e dispensaram a participação de intermediário e que, para a Rússia, a diversificação do abastecimento energético à Europa ainda é um problema urgente.
Tymoshenko disse que assim que o gás natural russo entrar nos dutos ucranianos, o país vai garantir o fornecimento de gás natural à Europa "sem demora". Ela acrescentou que o acordo de compra e venda de gás natural assinado pelas duas partes vai impedir que o conflito se repita.
A comissão Européia quer agora que os dois países marquem uma data para a retomada do fornecimento de gás natural à Europa. Os observadores da UE vão confirmar isso.
O ministro da Indústria e Comércio da República Tcheca, Martin Ríman, declarou que a assinatura do acordo é o primeiro passo para a retomada do abastecimento de gás natural, mas a UE tem que manter atitude prudente e otimista.
O presidente ucraniano, Viktor Yushchenko, disse que o gás natural transferido para a Europa já chegou ao territorio ucraniano.
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