Os ataques aéreos lançados por Israel contra a Faixa de Gaza provocaram, até hoje (3), a morte de pelo menos 434 pessoas e feriram 2.290.
Segundo a imprensa local, as tropas israelenses bombardearam cerca de 15 prédios residenciais de membros do Hamas e uma mesquita em Gaza, matando oito pessoas, inclusive cinco crianças.
O alto comandante do Hamas, Abu Zakaria al-Jamal, foi morto durante os ataques, segundo um comunicado divulgado hoje pela organização. É o segundo líder do Hamas que morreu nos ataques aéreos lançados por Israel.
Em protesto contra as ações militares israelenses em Gaza, árabes entraram ontem em conflitos com policiais na cidade de Jerusalém. Perto do Templo Mount, do Museu Rockefeller, da Porta Nablus e do campo de refugiados de Jabalya, manifestantes jogaram pedras e coquetéis molotov contra os policiais.
Também ontem, moradores em Gaza fizeram manifestações contra Israel, pedindo o fim dos ataques aéreos.
Os policiais palestinos impediram no mesmo dia várias manifestações em apoio ao Hamas e prenderam cinco seguidores da organização.
Milhares de iranianos se reuniram também nas principais ruas e praças, condenando o ato israelense, que tem causado um grande número de mortos e feridos na Faixa de Gaza. A mesma cena aconteceu em Cabul, capital do Afeganistão.
Segundo revelou ontem um alto funcionário palestino, que pediu anonimato, o Egito já entrou em contato com o Hamas para discutir um cessar-fogo.
A comunidade internacional tem se mostrado muito preocupada com a situação. O coordenador especial da ONU para o processo de paz no Oriente Médio, Robert H. Serry, disse que a Palestina e Israel devem abandonar imediatamente a hostilidade. "Se isso não ocorrer, a situação se agravará", frisou ele. Serry disse que acompanhará vários líderes de países árabes na próxima semana em uma visita à sede da ONU, em busca de uma solução para a crise em Gaza.
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