Os preços do petróleo bruto negociado nos mercados de futuros de Nova York e Londres terminaram em queda pela sexta sessão consecutiva nesta sexta-feira (5). A queda é motivada pelas preocupações com a demanda após um relatório que mostrou uma gigantesca perda de empregos em novembro nos Estados Unidos.
Em Nova York, o barril para entrega em janeiro caiu US$ 2,86, ou 6,55%, para US$ 40,81. Em Londres, o contrato para janeiro do barril do tipo Brent recuou US$ 2,54 dólares, ou 6,01%, para US$ 39,74.
O Departamento do Trabalho norte-americano revelou um corte de 533 mil vagas em novembro. É o maior volume de cortes desde dezembro de 1974. A taxa de desemprego do país subiu para 6,7%, atingindo o cume dos últimos quinze anos.
A Agência Internacional de Energia (AIE), com sede em Paris, divulgou hoje um relatório no qual baixa a previsão do ritmo de crescimento da demanda mundial por petróleo dos próximos cinco anos para 1,2%, contra a estimativa anterior de 1,6%.
Segundo o texto, a redução da previsão foi feita por causa da desaceleração da economia e da crise de crédito. A demanda diária do mundo por petróleo deve aumentar de 86,2 milhões barris, em 2008, para 91,3 milhões, em 2013. Os dois números foram previstos em julho passado pela mesma entidade em 86,9 milhões e 94,1 milhões, respectivamente.
Devido à redução na demanda, os países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) terão em 2010 uma capacidade de produção ociosa estimada em 5 milhões de barris por dia.
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