As relações entre a China e os países da América Latina e Caribe atravessam um momento "excelente", nunca têm sido tão estreitas como hoje em dia e oferecem amplas perspectivas para ambas as partes, disse o presidente chines Hu Jintao em declarações divulgadas segunda-feria pela imprensa peruana.
Na véspera de desembarcar em Lima para participar da Semana de Líderes APEC Peru 2008, o líder chinês ressaltou em entrevista do jornal El Comercio, decano da imprensa local, que ambas as partes têm amplos interesses comuns e uma profunda base de cooperação na preservação da paz mundial e a promoção do desenvolvimento compartilhado.
Hu chegará a Lima essa quarta-feira, na sua primeira visita oficial ao Peru, na qual, além da sua participação na cúpula da APEC, terá um encontro bilateral com seu colega peruano Alan García Pérez.
O presidente indicou que a China é o terceiro sócio comercial da América Latina e Caribe, ressaltando que a cooperação rende resultados frutíferos, existindo uma excelente situação caracterizada pelo desenvolvimento omnidirecional e multifacético.
Sobre o papel do seu país na região, sublinhou que as relações estão baseadas num diálogo de respeito e igualdade, e que são marcadas por uma "grande complementariedade" na possibilidade de oferecer oportunidades mútuas para o desenvolvimento.
Com seu grande crescimento econômico, lembrou, a China tem oferecido um extenso mercado aos países latino-americanos e caribenhos, e ratificou o compromisso do governo do seu país de atribuir importância estratégica aos vínculos com a região atendendo aos interesses fundamentais dos povos.
Respeito da cúpula da APEC Peru 2008, Hu considerou que o encontro têm grande importância no contexto da crise financeira global por reunir aos líderes de uma região que "têm se tornado uma das mais dinâmicas no desenvolvimento económico mundial".
Segundo ele, apesar disso, o impacto da crise financeira internacional, o impasse das negociações da rodada de Doha, a ascensão do protecionismo, e a importância da segurança alimentar e energética têm sido uma incidência desfavorável no desenvolvimento saudável e estável das economias de Ásia-Pacífico.
"Nesse contexto, o fato de que os líderes da APEC se reunir em Lima para discutir juntos os relevantes temas econômico, financeiro e comercial do mundo e procurar medidas adequadas para reforçar a cooperação regional em resposta comum aos desafios reviste um significado transcendental", disse Hu.
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