O embaixador cubano na China, Carlos Miguel Pereira Hernández, expressou quinta-feira que a publicação do Documento sobre a Política da China para a América Latina e o Caribe abre "uma nova etapa" de aprofundamento nas relações entre o país asiático e a região.
"A publicação do texto representa um importante passo para Cuba, e também para a América Latina e o Caribe", por ser o primeiro relatório do tipo na história das relações sino-latino-americanas, declarou Pereira em uma entrevista exclusiva à Xinhua.
O funcionário cubano recordou que a China publicou anteriormente documentos semelhantes sobre sua política para a União Européia em 2003, e para os países africanos em 2006.
"O documento reflete a prioridade que a China outorga à região e ao aprofundamento da confiança política mútua entre as duas partes", assinalou.
Segundo o diplomata cubano, China, como país em desenvolvimento, vem obtendo êxito nos âmbitos social, econômico e político, por isso "albergamos grandes esperanças" de crescimento econômico e social para o país asiático.
"Sob uma situação internacional em mudança, cada vez mais complexa, estamos seguros de que há numerosos aspectos com grande potencial aos que podemos dar continuidade e aprofundar com a China", expressou.
O documento também reflete a visão estratégica das autoridades do país asiático para a América Latina e o Caribe. Segundo Pereira, o fato de que no relatório se utilize o termo "região" coincide com a visão que os países da América Latina e o Caribe vêm adotando para formar um bloco de acordo com as características e desafios comuns que compartilham.
Em 2007, o volume comercial entre a China e a América Latina e o Caribe ultrapassou o número histórico de US$ 100 bilhões, com o que o país asiático se tornou o terceiro maior parceiro comercial da região.
Do mesmo modo, o diplomata cubano citou a próxima visita do presidente chinês, Hu Jintao, a Cuba, que ocorrerá em meados deste mês, e durante a qual "os termos recolhidos no documento (sobre a Política da China para a América Latina e o Caribe) serão sem dúvida aprofundados", conforme sublinhou.
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