A Reunião Ásia-Europa (ASEM, sigla em inglês) é um mecanismo efetivo para promover o díalogo entre os dois continentes e tem grande potencial para fortalecer a cooperação política, econômica e cultural, afirmou Antoine Sautenet, pesquisador do Instituto Francês das Relações Internacionais (IFRI), em uma entrevista à Xinhua.
Antoine Sautenet indicou que a ASEM, concentrada no diálogo informal entre os principais líderes de ambos os continentes, permite a estes realizar, sobre uma base de igualdade, amplas e profundas discussões referentes a uma série de temas internacionais e regionais.
A atual crise financeira mundial será um dos assuntos chave da agenda da 7ª cúpula da Reunião Ásia-Europa, que será realizada em Beijing, disse.
Ainda que não sejam aprovadas "decisões dramáticas" na reunião, a importância de procurar uma resposta conjunta à crise através da coordenação política será salientada, disse Sautenet.
Além da crise financeira, também se espera que na cúpula da ASEM discuta uma série de importantes temas internacionais, incluindo o desenvolvimento sustentável, a energia, o meio ambiente e a mudança climática, assinalou.
Embora os temas do crescente preço da energia, as matérias-primas e os alimentos estão sendo superados pela propagação da crise financeira mundial, como mecanismo que vincula as regiões, a ASEM pode desempenhar um papel positivo nestes aspectos, destacou.
Nos últimos anos, a União Européia (UE) promoveu ativamente sua parceria estratégica com a China, Índia e a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). Na cooperação Ásia-Europa foram obtidos avanços em diálogo político, colaboração econômica e intercâmbios culturais, disse Sautenet.
O próximo passo deve ser impulsionar uma aplicação efetiva das propostas pertinentes, de acordo com os princípios expostos durante a última reunião da ASEM, em Helsinque, e injetar novo vigor à cooperação transcontinental, disse o especialista francês.
Além disso, é necessário realizar esforços para fortalecer a coordenação dos países da ASEM com o propósito de superar suas diferenças em áreas como política, direitos humanos e democracia, a fim de impulsionar ainda mais a parceria entre os dois continentes, disse.
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