A China manterá um crescimento econômico razoavelmente robusto apesar da atual recessão econômica internacional, indicaram hoje analistas do Merrill Lynch.
"Como parte da economia mundial, a China se verá certamente afetada pela atual crise financeira", disse Liu Erfei, diretor administrativo da companhia. "Esperamos que a economia do país diminua o ritmo de seu (atual) índice de crescimento de dois dígitos e obtenha um aumento anual do PIB de 8% ou 9%, o que é um nível relativamente acelerado".
Acrescentou que enquanto alguns países, incluindo os Estados Unidos, sofreram crises no setor de créditos por suas próprias ações, a China não se viu predudicada em um problema semelhante.
O banco de investimento e comissão com sede em Nova York atribuiu o estável desempenho econômico da China ao controle governamental de seu capital estatal.
"O mercado de capital nacional não se abriu por completo ao exterior. Isso permite ao país evitar importantes riscos financeiros internacionais", opinou Liu.
O país evitou muitos problemas graças a que não investiu em produtos financeiros "sub prime", cujo baixo desempenho foi apontado como a principal causa da atual agitação financeira global.
Além disso, a pesquisa da companhia mostra que o consumo nacional continuará sendo um importante motor do crescimento econômico por um tempo, enquanto as exportações e o setor imobiliário se vêem afetados pela contração do mercado mundial.
Uma política de desenvolvimento em favor da criação de mais postos de trabalho, assim como o surgimento de uma importante força de consumo nascida depois de 1978, ajudará a acelerar o consumo da nação, disse Cui Wei, analista de mercado do Merrill Lynch.
"Nossa opinião sobre a economia da China para os próximos cinco a dez anos é muito otimista", acrescentou Liu.
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