Ignorando o apelo da parte continental chinesa, o governo norte-americano decidiu ontem (3) retomar a venda de armas à ilha de Taiwan. O Ministério das Relações Exteriores, o Ministério da Defesa Nacional e os responsáveis das Comissões dos Assuntos Exteriores da Assembléia Popular Nacional (APN) e da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPCh) manifestaram respetivamente sua oposição à conduta norte-americana, que prejudica gravemente os interesses chineses e as relações bilaterais.
A China destacou em várias ocasiões o prejuízo que a venda de armas a Taiwan pode provocar e apelou à parte norte-americana a persistir na política de Uma Só China e respeitar os três comunicados conjuntos firmados entre os dois países, bem como abandonar todos seus contactos militares com a ilha chinesa, a fim de evitar danos às relações sino-norte-americanas e à estabilidade dos dois lados do estreito de Taiwan, disse o porta-voz da Chancelaria chinesa, Liu Jianchao.
O porta-voz do Ministério da Defesa Nacional, Hu Changming, criticou o ato norte-americano, que viola gravemente a promessa feita pelos Estados Unidos à China em termos da questão de Taiwan e os consensos alcançados por dois países ao estabelecer a parceria construtiva, bem como a postura que o país americano tinha manifestado para apoiar o desenvolvimento pacífico dos dois lados do estreito de Taiwan. Além disso, a decisão interfere os assuntos internos da China, ameaça a segurança nacional e perturba as relações militares bilaterais, frisou Hu.
No mesmo dia, responsáveis das Comissões dos Assuntos Exteriores da APN e CCPPCh, também manifestaram sua oposição à decisão do governo norte-americano.
|