Olá, ouvintes, vamos agora à Programação Olímpica de amanhã. Amanhã, os atletas vão disputar 16 medalhas de ouro em 10 modalidades, a saber lançamento de peso masculino, marcha atlética de 10 quilômetros feminina, dupla feminina de badminton, ciclismo de perseguição da coletiva masculina, esgrima de equipe masculino, ginástica individual geral feminina, 2 de levantamento do peso, 2 de judo, 4 de natação e 1 de tiro com arco.
Começam amanhã as disputas de atletismo que vão gerar o maior número de medalhas em todas as sessões dos jogos olímpicos.
No mesmo dia, a nova dupla da seleção feminina de badminton da China Yu Yang e Du Jing vai competir no Ginásio da Universidade de Tecnologia de Beijing com as sul-coreanas Lee Hyo-jung e Lee Kyung-won. Desde 1996 quando Ge Fei e Gu Jun ganharam o campeonato, a medalha de ouro desta sub-modalidade nunca saiu das mãos dos chineses. E em 2004, as jogadoras chinesas conseguiram erguer três bandeiras nacionais nas finais desta sub-modalidade. Mas na sessão atual, a vantagem das duplas chinesas foi seriamente desafiada. Yang Wei e Zhang Jiewen, campeãs em Atenas, foram derrotadas na primeira rodada de competições por uma dupla japonesa.
Ainda amanhã, a seleção de futebol feminina do Brasil confrontará em Tianjin, na quartas-de-final com a seleção norueguesa. Faltou muito pouco há quatro anos. As meninas do futebol brasileiro chegaram à final olímpica, mas deixaram escapar o ouro na prorrogação contra a forte equipe dos Estados Unidos. Agora o time é mais maduro e experiente, conta com duas das três melhores jogadoras do mundo e é temido pelas adversárias. Na sexta-feira, às 6 horas (de Mato Grosso), a seleção joga sua primeira decisão na China. Encara a perigosa Noruega, em Tianjin (a cerca de 120 quilômetros de Pequim), por uma vaga na semifinal.
A disputa passa a ser eliminatória. Um tropeço tira a possibilidade até da medalha de bronze. Em caso de empate no tempo normal, a partida vai para a prorrogação e, persistindo a igualdade, o classificado será conhecido nas cobranças de pênalti.
Futebol sobra para as brasileiras. Resta saber como anda a cabeça das atletas depois de terem brilhado nas últimas duas grandes competições - Jogos de Atenas/2004 e Mundial da China de 2007 - e sido derrotadas na final.
É nesse aspecto, aliás, um dos trabalhos mais fortes feitos pela comissão técnica. O lado psicológico terá papel fundamental, avalia Jorge Barcellos. "As meninas estão focadas, concentradas, sabem que ficaram mais visadas agora (depois dos últimos bons resultados), mas estão preparadas", afirmou o treinador.
Se tudo correr como o planejado por Barcellos, o Brasil entra em campo com amplo favoritismo, embora ainda não tenha feito uma grande exibição na Olimpíada. Na primeira fase, foram duas vitórias (Coréia do Norte e Nigéria) e um empate, diante da maior rival, a Alemanha. As norueguesas sofreram incrível derrota para o Japão, na última rodada, mas se pouparam, porque já estavam classificadas, e devem dar trabalho - venceram o forte time dos Estados Unidos na estréia.
A seleção brasileira, atual vice-campeã olímpica e mundial, tem elenco de alto nível, mas depende demais da criatividade de Marta para exercer na prática sua superioridade. No confronto de terça-feira, a estrela do Umea, da Suécia, pouco apareceu e o time passou momentos difíceis contra a frágil Nigéria na vitória de virada por 3 a 1. Não fosse o dia inspiradíssimo de Cristiane, o resultado teria sido outro.
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