A Rússia quer apresentar na OTAN a situação do conflito na Ossétia do Sul, afirmou ontem (11) em Bruxelas o embaixador russo na organização, Dmitri Rogozin. A comunidade internacional continua manifestando preocupação com os confrontos no Cáucaso.
Segundo Rogozin, a Rússia deseja que a OTAN escute suas opiniões antes de tomar uma decisão ou divulgar um comunicado. Ele também alertou à OTAN para não se envolver no conflito. Uma interferência da organização no assunto afetaria sua relação com a Rússia.
As forças armadas da Abkházia lançaram hoje novos ataques contra o exército georgiano no vale Kodori. Rogozin disse que não permitirá a repetição da situação na Abkházia.
A chanceler georgiana Ekaterine Tkeshelashvili visitará hoje a sede da OTAN e deve se encontrar com o secretário-geral da organização, Jaap de Hoop Sheffer.
Ontem à tarde, o Conselho de Segurança da ONU realizou a quinta discussão sobre o conflito na Ossétia do Sul. A França divulgou um projeto da resolução, sugerindo o fim das hostilidades e a solução negociada. Para o representante russo na ONU, Vitali Cherkin, no entanto, ainda é cedo para apresentar um projeto de resolução, pois faltam conteúdos chave. É difícil para a Rússia aceitar o papel, disse ele.
A Casa Branca divulgou ontem um comunicado manifestando preocupação com o ataque lançado pela Rússia contra várias cidades georgianas. Para o presidente norte-americano, o ato da Rússia "prejudica" sua imagem no cenário internacional e ameaça suas relações com os Estados Unidos e países europeus.
|