A China pediu quinta-feira ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) que suspenda a acusação do Tribunal Penal Internacional (ICC, em inglês) ao presidente sudanês, Omar Hassan al-Bashir.
O embaixador chinês na ONU, Wang Guangya, fez o apelo depois que o órgão de 15 membros tomou uma resolução estendendo o mandato da operação de manutenção de paz em Darfur (UNAMID).
Na resolução, o conselho também prestou atenção no comunicado de 21 de julho da União Africana e em suas preocupações "considerando desenvolvimento potencial a " requisito do procurador do ICC, Luis Moreno-Ocampo, sobre a detenção contra al-Bashir.
Wang afirmou que as parte envolvidas no processo pacífico de Darfur estão fazendo esforços políticos vigorosos para resolver o problema, e que sem cooperação compreensiva do governo sudanês não pode ser obtido nenhum progresso.
"A acusação proposta contra o líder sudanês é uma decisão inadequada feita em hora não apropriada", indicou Wang. "A acusação prejudicará gravemente a confiança mútua e cooperação política entre a ONU e o governo do Sudão".
A acusação do ICC "está inevitavelmente sob crítica intensa de vários países representados por organizações internacionais importantes", como a União Africana, Liga Árabe, a Organização da Conferência Islâmica e o Movimento Não-Alinhado, acrescentou ele.
"O ponto de vista da China é que a acusação do ICC contra o líder sudanês somente desviará o processo para resolver o problema de Darfur e até transformou em inúteis todos os esforços feitos para solucionar adequadamente o assunto", sublinhou Wang.
"A China apóia o requisito razoável da União Africana e outras organizações para que o conselho tome medidas para suspender a acusação ao líder sudanês", disse ele.
Wang notou que as equipes de manutenção de paz da China estão preparadas para a missão de paz internacional em Darfur.
"O governo chinês é responsável para criar, de forma segura, condições favoráveis para realizar a missão pacífica", destacou Wang.
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