Os estudantes universitários chineses não serão mais obrigados a abandonar sua formação por causa da pobreza, anunciou o Ministério da Educação da China.
Todos os institutos e universidades do setor público no país, abriram um "corredor verde", que permite aos jovens recém-graduados da escola secundária e de famílias pobres, matricular-se e começar os estudos antes de pagar gastos acadêmicos, disse a porta-voz da carteira, Xu Mei, em uma entrevista coletiva.
As universidades chinesas iniciaram nos últimos dias os processos de matrícula para o segundo semestre deste ano. Anteriormente, todos os estudantes deviam pagar a matrícula antes de ingressar na sala de aula.
O governo destinará mais recursos para ajudar os estudantes, especialmente os provenientes das áreas açoitadas pelo terremoto de 12 de maio, disse a funcionária.
Até 18 de julho, a Fundação para o Desenvolvimento da Educação na China tinha recebido doações no valor de 150 milhões de yuans (US$ 22 milhões) para sustentar os esquemas de educação nas zonas afetadas pelo sismo.
Desde maio do ano passado, o governo ampliou o citado sistema de assistência para proporcionar mais bolsas de estudo, estipêndios, empréstimos acadêmicos, e subsídios de emergência para os estudantes pobres.
O governo também ofereceu aos estudantes oportunidades de trabalho nos campus e educação gratuita em escolas normais. Adicionalmente, os gastos de escolaridade foram reduzidos para os estudantes de certos grupos sociais, como os deficientes e os das minorias étnicas.
No ano passado, o governo investiu 27,3 bilhões de yuans (US$ 4,01 bilhões) na ajuda aos estudantes universitários, número que representa uma alta de 49% em relação ao ano de 2006, segundo estatísticas oficiais.
Cerca de um quinto dos 20 milhões de estudantes matriculados no ano passado nas universidades públicas e privadas da China, têm dificuldades econômicas, de acordo com as estatísticas.
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