Com a aproximação dos Jogos Olímpicos de Beijing, cerca de 80 chefes de Estado e de governo confirmaram presença na cerimônia de abertura deste grande acontecimento esportivo, incluindo os presidentes dos Estados Unidos, George W. Bush, e da França, Nicolas Sarkozy.
Muitos veículos de comunicação estrangeiros, entre eles o jornal canadense Globe and Mail e o jornal Hindu, da Índia, publicaram artigos com títulos como "China triunfa sobre tentativas de boicotar os Jogos Olímpicos" para assinalar a impopularidade da idéia de boicotar os jogos de Beijing.
Sarkozy era considerado o chefe de Estado com menos possibilidade de assistir à cerimônia de abertura da Olimpíada, por ter vinculado a vinda com a questão do Tibet e dos direitos humanos na China.

No entanto, Sarkozy anunciou que irá à cerimônia de abertura, na qualidade de presidente da França e do Conselho da Europa. O jornal francês Le Figaro assinalou que a decisão de Sarkozy foi correta, pois politizar os Jogos Olímpicos é outra forma de racismo sob o "estandarte dos direitos humanos".
O presidente do Senado da França, Christian Poncelet, afirmou claramente que a França não deve dizer nada sobre o tema dos direitos humanos na China, nem comentar o chamado assunto do Tibet sem conhecer com precisão a situação na região.
O presidente da Assembléia Nacional da França, Bernard Accoyer, disse que as pessoas que afetaram o percurso da tocha olímpica em Paris não representam a França nem o povo francês.
Embora os Jogos Olímpicos anteriores tenham sido, em certa medida, afetados por fatores políticos, o espírito olímpico separa o esporte da política. A Carta Olímpica estabelece claramente que qualquer forma de discriminação em relação a um país ou uma pessoa sobre a base de sua raça, religião, política, gênero ou outro aspecto é incompatível com o Movimento Olímpico.
Se a Olimpíada de Beijing tiver alguma importância política, disse o primeiro-ministro de Cingapura, Lee Hsien Loong, é a de ser "a festa de apresentação da China para celebrar seu avanço e sua abertura ao mundo".
Os chineses falam da "felicidade que surge quando chegam os amigos desde lugares distantes". Desde épocas antigas, a China sempre foi uma nação hospitaleira e amigável. O povo chinês considera a Olimpíada a ocasião perfeita para receber os amigos de todo o mundo e a oportunidade para mostrar ao mundo a verdadeira China.
Os Jogos Olímpicos de Beijing não são unicamente uma grande celebração para os 1,3 bilhão de habitantes do país, mas também uma reunião de todos os amantes da paz no mundo, um evento que propagará virtudes valiosas como a amizade e a cooperação.

Politizar uma cerimônia tão importante e feliz não só ferirá os sentimentos de todos os amantes da paz, incluindo o povo chinês, mas também afetará o espírito olímpico. É por isso que rechaçar a politização dos jogos tem sido o ideal fundamental da comunidade internacional.
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