Uma bela música tocada no piano nos leva à Polônia, pátria do famosíssimo compositor Frederic Chopin. Situada no leste da Europa, a Polônia não é uma grande potência esportiva, mas nunca faltaram na sua história excelentes esportistas. No programa Embaixadores Falam sobre Jogos Olímpicos de Beijing, a CRI entrevistou o Embaixador polonês Krzysztof Szumski.
No começo da entrevista, o embaixador Krzysztof Szumski garantiu que a delegação polonesa nos Jogos Olímpicos de Beijing será maior do que em Atenas.
"Na minha previsão, o número de atletas poloneses será entre 200 e 240. Treinadores, funcionários e médicos também integram a delegação".
O próprio embaixador adora esportes. Quando jovem, praticava corridas de curta distância, handebol e judô. Quando tem tempo, ele gosta de assistir partidas de vôlei.
Krzysztof Szumski conhece muito bem os atletas de destaque do seu país. Ele contou ao repórter da CRI que Otylia Jedrzejczak, campeã mundial dos 200m borboleta nos Jogos Olímpicos de Atenas, é uma das estrelas esportivas mais populares na Polônia. Ela leiloou sua medalha de ouro para angariar dinheiro em benefício de crianças com câncer. A nadadora polonesa participou em fevereiro deste ano da competição "Good Luck, Beijing" realizada no Centro Aquático Nacional e ficou em segundo lugar nos 200m borboleta.
Além de Jedrzejczak, a Polônia possui muitos outros esportistas lendários. Apesar de vários deles já estarem aposentados, continuam mantendo vivo o espírito olímpico, disse orgulhoso o embaixador polonês.
"A atual vice-presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo, a polonesa Irena Szewinska, conquistou durante sua carreira esportiva três medalhas de ouro olímpicas, duas de prata e duas de bronze. Grazyna Rabsztyn, também polonesa, bateu três vezes o recorde mundial dos 100m com barreiras. Agora ela é responsável pela atividade Nó promovida em conjunto pelos Comitês Olímpicos da China e da Polônia. Depois de se aposentarem, elas continuam atuantes no setor esportivo e transmitem o espírito olímpico para esportistas das novas gerações".
A Polônia fechou as olimpíadas de 2004 com três medalhas de ouro, duas de prata, cinco de bronze, ficando em 23º lugar no ranking olímpico de medalhas. Para Szumski, a delegação polonesa em Beijing pode conquistar medalhas em natação, vôlei e handebol.
O embaixador polonês mora em Beijing há mais de três anos. O entusiasmo dos chineses pelos Jogos Olímpicos o impressionou muito. A participação em atividades esportivas já faz parte do cotidiano do público chinês.
"Surpreendeu-me o fato de que na China, todo o mundo é apaixonado por algum tipo de exercícios físicos. Descobri que os chineses adoram fazer caminhadas na montanha. Em Beijing, muitos parques e pontos turísticos são abertos para isso. O povo chinês ama o esporte e isso é um fato inquestionável. Os Jogos Olímpicos fomentaram esse entusiasmo. Os chineses estão em consenso sobre a prática de exercícios físicos, o que para mim, constitui o maior presente que os Jogos Olímpicos trazem ao povo chinês".
Segundo Szumski, a China é o maior país em desenvolvimento e também a economia que mais cresce no globo. O mundo tem uma alta expectativa em relação a esta edição dos Jogos Olímpicos. O embaixador polonês elogiou os preparativos das olimpíadas.
"As cooperações entre a China e outros países vêm se acelerando nos últimos sete anos. Além do setor esportivo, os jovens e as organizações não governamentais intensificaram seus intercâmbios. Tive muitos contatos com chineses que participaram dos preparativos e todos eles se sentem orgulhosos e se dedicam plenamente ao trabalho".
Como muitas pessoas, o embaixador Szumski está imaginando como vai ser a cerimônia de abertura das olimpíadas em Beijing. Ele disse que a exibição de oito minutos na cerimônia de encerramento em Atenas o deixou muito impressionado. O embaixador se disse convicto de que o diretor chinês continuará mostrando a face brilhante da cultura chinesa na cerimônia de abertura em Beijing.
"Para mim, a cerimônia de abertura deve exibir os aspectos mais representativos da cultura chinesa, pois é impossível mostrar toda a civilização de cinco mil anos. Mesmo assim, será uma tarefa dificílima. Participei de muitas atividades promovidas em Beijing e outras regiões da China e tenho de reconhecer que o design dos diretores e o comportamento dos atores chineses são excelentes. Por isso, tenho plena confiança no sucesso da abertura das olimpíadas".
Os Jogos Olímpicos são também um palco para o intercâmbio de diferentes culturas. Além de conhecer de perto o costume e a tradição do país anfitrião, os atletas mostram na ocasião suas próprias culturas. Szumski disse que aproveitará a oportunidade para apresentar ao povo chinês a cultura polonesa.
"Estamos colaborando com o Comitê Olímpico da Polônia para realizar um encontro entre treinadores de diferentes países em agosto. Promoveremos na ocasião obras de Chopin, músicas folclóricas e culinária polonesa. Devem ser atraentes."
Para o embaixador polonês, as olimpíadas devem abrir uma nova página na história de cooperação entre a China e a Polônia. O próximo ano marca o 60º aniversário da fundação das relações diplomáticas entre a China e a Polônia. Em 2012, a Polônia deve promover, junto com a Ucrânia, a Copa da Europa. A China terá muito a oferecer à Polônia em relação à construção de estádios e experiência na organização de grandes eventos esportivos.
"A China está se tornando um dos países mais influentes do mundo. As cooperações sino-polonesas possuem uma importância significativa. Comemoraremos no ano que vem o caminho de amizade de 60 anos entre a China e a Polônia".
No final da entrevista, o embaixador Szumski expressou em língua chinesa os melhores votos aos Jogos Olímpicos de Beijing.
"Pleno sucesso para os Jogos Olímpicos de Beijing".
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