Especialistas desenvolveram um projeto para a reconstrução da reserva natural de pandas Wolong, destruída pelo terremoto de 12 de maio em Sichuan, que deverá consumir 2 bilhões de yuans (US$ 290 milhões). O local é um principal lar de pandas gigantes na província a sudoeste da China.
O centro de pesquisa de pandas gigantes da reserva, arruinado pelo tremor de 8,0 graus de magnitude, deverá ser transferido da base de Hetaoping para Huangcaoping, segundo o plano de reconstrução submetido ao Departamento Florestal da Província de Sichuan e à Administração dos Recursos Florestais do Estado.
No terremoto, 6.117 hectares de vegetação da reserva foram danificados severamente pelos desmoronamentos e deslizamentos. As cavernas dos pandas desabaram. A floresta de bambu foi soterrada ou destruída, ameaçando a vida e a saúde dos ursos. Cinco trabalhadores da base e uma panda fêmea morreram no terremoto.
Segundo o plano redigido pela reserva de Wolong, Universidade de Beijing e Academia de Ciências da China, o novo centro de pesquisa inclui laboratório de 650 metros quatrados, hospital, berçário de 1.500 metros quadrados, campo de plantação de bambu e local para aproximar os pandas à vida selvagem.
Segundo o plano, a reconstrução estaria completa antes de 2015. A reserva deverá usar satélite de sensoriamento remoto para monitorar as atividades e o ambiente dos pandas.
Também está prevista a construção de um centro de controle e prevenção de doenças de pandas em Dujiangyan, uma cidade perto da capital provincial de Sichuan, Chengdu. No futuro, pandas de qualquer base de criação na China serão tranferidos para o local a fim de tratarem doenças contagiosas, informou a edição de hoje do jornal Beijing Youth Daily.
A reserva de Wolong, com 200 mil hectares, foi estabelecida em 1963 ao sudoeste do distrito de Wenchuan, o epicentro do terremoto, onde residem mais de 150 pandas em estado selvagem, além de outras 56 espécies animais e 24 espécies de plantas em risco de extinção.
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