A economia chinesa vai continuar crescendo de forma rápida nos próximos 30 anos, apesar da ligeira queda que vive na atualidade, afirmou esta semana em um fórum econômico Fan Gang, economista reconhecido na China e também membro da Comissão de Política Monetária do Banco Popular da China, o banco central do país.
Segundo a teoria deste economista, uma produtividade cada vez maior registrada no passado foi o principal fator para o crescimento econômico chinês e irá continuar desempenhando considerável papel nas próximas décadas.
Fazendo comentários sobre a política de reforma e abertura adotada pela China há três décadas (em 1978), o economista disse que a reforma econômica orientada pelo mercado, a educação e a pesquisa científica, a abertura ao investimento estrangeiro e a urbanização impulsionaram o aumento da produtividade da economia nacional da China.
"Os efeitos daqueles fatores devem permanecer nos próximos 30 anos, pelo que estou confiante na perspectiva da economia chinesa", indicou.
A crescente produtividade contribuiu com cerca de 40% a um crescimento anual médio de 9% na economia do país entre 1999 e 2005, acentuou o economista.
Apesar de a força de trabalho se tornar mais escassa e custosa nas próximas três décadas, os efeitos adiados da educação e da pesquisa científica terão no futuro um maior papel, previu o especialistas.
"A porcentagem do investimento estrangeiro no investimento total está sofrendo uma queda, mas a experiência que a China tirou das empresas de capital estrangeiro será mais útil no futuro", analisou.
Por outro lado, ainda existe grande espaço para reformas mais profundas na eficiência do governo, empresas de ativo estatal, mecanismo de fixação de preços e nos sistemas financeiro e fiscal, que poderão dar mais dinamismo econômico, disse Fan.
"No caminho da reforma, a China apenas acabou de completar metade do percurso", concluiu.
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