Morar numa casa de tijolos, beber água da torneira e irrigar a terra tem sido o sonho de Ma Dexue.
O chinês da etnia Hui, de 35 anos de idade, poderá realizar o seu sonho neste ano graças ao maior projeto de reassentamento na área árida do noroeste da China.
Outras 206 mil pessoas da Região Autônoma da Etnia Hui de Ningxia serão relocadas em áreas irrigadas ou no subúrbio das cidades nos próximos cinco anos, aumentando o número total de relocados para 576 mil.
Os governos central e regional investirão 2,842 bilhões de yuans (US$ 406 milhões) nos cinco anos seguintes para deslocar as pessoas em 185 vilas de seis distritos para 42 povoados ao longo do Rio Amarelo.
Cada um dos agricultores receberá 0,16 acre de terra.
A seca é a maior causa da pobreza do centro de Ningxia, que recebe menos de 200 milímetros de chuva por ano. Ao todo, 40 mil pessoas dessa região não conseguem se alimentar.
"As severas condições naturais, os recursos escassos e a população excessiva fizeram dessas áreas as piores para morar", disse Li Wenming, chefe do governo distrital de Tongxi, localizado no centro das áreas secas.
O governo destinou 710 milhões de yuans nos últimos oito anos para o distrito. No entanto, os agricultores nas zonas montanhosas estão ainda sofrendo da pobreza.
"Os programas de redução da pobreza não podem mudar o estado atual deles e a relocação é a alternativa mais eficaz", disse Li.
A China começou a reassentar agricultores em 1983. Desde então, mais de 370 mil pessoas em Ningxia já mudaram das suas terras pobres e escaparam da pobreza.
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