Os preços do aço na China deverão continuar altos neste ano, puxados pela crescente demanda e pela subida de custos, segundo especialistas em mercado interno.
Os preços do aço ainda têm espaço para se expandirem, e o preço por tonelada poderá quebrar a barreira dos US$ 1 mil em breve, avalia o principal analista da comapnhia de valores CITIC, Zhou Xizeng, ouvido pelo jornal China Securities.
Um déficit no suprimento do produto é esperado para o mercado interno, enquanto a instalação de novas unidades de produção não compensará a redução das capacidades de produção obsoletas que o governo planeja eliminar. A situação poderá ficar ainda pior quando a reconstrução das áreas afetadas pelo inverno rigoroso no início deste ano e o investimento crescente no setor imobiliário deverão aumentar a procura pelos produtos de aço.
Jia Liangqun, analista do site mysteel.com, disse que o boom da demanda doméstica será o principal fator da alta dos preços. Os custos com as matérias-primas, como minério de ferro e coque, também impulsionarão os preços.
Pelo menos 57 produtores nacionais de aço já aumentaram os preços de seus produtos, depois que os preços referenciais do minério de ferro para este ano foram fixados.
A Baosteel, a maior produtora de aço do país, anunciou no mês passado que aumentará os preços do aço para a entrega no segundo trimestre deste ano, em alguns casos em mais de 20%, depois de ter aceito um aumento de 65% nos preços do minério de ferro, exigido pela gigante brasileira do setor Vale do Rio Doce.
Os preços do aço já subiram 10% neste ano, e 23% em março em relação ao mesmo período do ano passado, segundo estatísticas da Associação de Ferro e Aço da China.
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