O Banco da China previu que, ao longo do primeiro semestre deste ano, o país poderá elevar sua taxa de juros uma ou duas vezes para fazer frente à inflação.
O banco estimou que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) em fevereiro atingiria 8,3%.
Um documento do banco apontou a inflação como a maior ameaça contra a economia chinesa, que está pré-condicionada para uma inflação impulsionada pela demanda.
O relatório também indicou que, se os preços se mantiverem altos durante um longo prazo, a população começará a estocar bens de consumo, o que aumentará mais os preços.
O diretor do Departamento Nacional das Estatísticas da China (DNE), Xie Fuzhan, assinalou que o IPC crescerá mais em fevereiro devido ao clima desfavorável no inverno que destruiu plantações, suspendeu fornecimento de eletricidades e bloqueou tráfego nas áreas no leste e sul da China.
O IPC, indicador inflacionário, chegou a 7,1% em janeiro, o mais alto percentual registrado nos últimos onze anos, de acordo com dados oficiais.
Xie, também membro do Comitê da Política Monetária do Banco Central, disse que eles ainda não discutiram quando as taxas de juros deveriam ser aumentadas, mas a política monetária apertada não se alterará.
O relatório notou o aumento inusual de investimentos diretos estrangeiros em janeiro, o que significa mais influxos de capitais à China, devido à antecipação de uma maior valorização da moeda chinesa, e aconselhou que o banco central expanda a flexibilidade do câmbio.
O relatório também previu que a moeda chinesa se valorizará com um ritmo mais rápido em relação ao dólar no primeiro semestre do ano, mas que deverá reduzir essa aceleração gradualmente depois.
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