Durante o próximo feriado do Ano Novo Lunar o frio vindo do Ártico, que causou intensas nevascas no leste, sul e sudoeste da China, dará uma trégua, previu hoje a Administração de Meteorologia da China (AMC).
Durante o feriado de uma semana, que começará em 6 de fevereiro, o sul do país terá tempo bom e no norte quase não deve nevar, disse Yu Xinwen, porta-voz da AMC, em entrevista coletiva realizada hoje em Beijing.
Segundo o porta-voz, desde 10 de janeiro, nevascas, chuva gelada e baixas temperaturas afetaram as regiões sul do país, fato raro para essas regiões.
As províncias de Hunan e Hubei foram as mais castigadas pelos fenômenos climáticos. As prolongadas nevascas, que já duram mais de duas semanas, são as mais longas nos último cem anos. Em Hunan, em algumas áreas, a espessura do gelo colado aos cabos de transmissão de eletricidade chegou de 30 a 60 centímetros. Este é o pior inverno das últimas cinco décadas
De acordo com Yu, na província de Anhui nevou sem parar nos últimos 24 dias, a mais prolongada tempestade de neve na região há mais de meio século, enquanto Zhejiang registrou a mais severa nevasca dos últimos 84 anos. Henan, Sichuan, Shaanxi, Gansu, Qinghai e Ningxia também registraram a maior precipitação no inverno desde 1951.
Yu disse que a China não foi o único país que sofreu com fenômenos climáticos neste inverno, e que a capital iraquiana, Bagdá, registrou uma rara neve no mês passado e Afeganistão, Irã, Síria e outros países do Oriente Médio também foram castigados pelas nevascas.
Especialistas defendem que uma circunfluência atmosférica anormal é o motivo do clima severo. Devido à prolongada estabilidade da circunsfluência, a massa de ar frio encontra-se com a massa de ar quente nos cursos baixos e médios do rio Yangtze e regiões ao sul do rio.
Além disso, a massa de ar úmido que fica na parte sul do Planalto Qinghai-Tibet também contribuiu para a troposfera instável. O fenômeno La Nina também agravou a situação, explicaram os especialistas.
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