O sexteto de chanceleres que se reuniu em Berlim para discutir a questão iraniana chegou a um acordo sobre a nova proposta de resolução do Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas, revelou ontem (22) o ministro de Relações Exteriores alemão Frank-Walter Steinmeier.
"Todas as partes presentes ao encontro concordaram em entregar uma nova proposta para o CS, que deverá discutir o tema dentro de algumas semanas", disse.
Ele não revelou detalhes do documento, nem quais seriam as sanções contra Teerã. As deliberações, porém, vão continuar durante a noite, revelou o ministro.
Steinmeier também fez um apelo para que o Irã intensifique as cooperações com a comunidade internacional, com o objetivo de buscar uma solução pacífica para a questão.
Yang Jiechi, chanceler chinês, declarou que a não-proliferação nuclear, as negociações diplomáticas, a paz e a estabilidade do Oriente Médio são objetivos comuns da comunidade internacional. Para ele, as partes envolvidas devem consolidar os esforços para solucionar os impasses e buscarem uma solução efetiva, razoável e de longo prazo.
No mesmo dia, o porta-voz do Conselho de Estado norte-americano, Gonzalo R. Gallegos, afirmou que o acordo fechado em Berlim mostrou que o mundo está determinado a impedir o programa de enriquecimento de urânio do Irã. No entanto, o porta-voz do governo iraniano, Gholam-Hossein Elham, disse que possíveis sanções não terão qualquer influência nos planos do país.
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, manifestou hoje (23) em Teerã, que seu país não suspenderá suas atividades nucleares por causa das novas sanções anunciadas pelo Conselho de Segurança da ONU.
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