Brasil, Rússia, Índia e China, grupo de países conhecido como BRIC, estão experimentando um avanço da inflação e adotando medidas similares para impedir que a alta dos preços escape do controle governamental, segundo comunicado da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China.
A comissão estima que a alta dos preços no mercado internacional é o resultado de uma combinação de fatores: o crescimento sustentado da economia mundial, um problema de excesso de liquidez, a queda do dólar, a redução da produção agrícola, as restrições à produção por parte da OPEP, um excesso de capital especulativo nos mercados internacionais e o crescimento da demanda de cereais utilizados na produção de biocombustível.
O informe mostra que a Rússia está no topo do grupo com uma alta do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de 10,8%, em outubro. O índice da Índia e China ficou em 6,7% e 6,5%, respectivamente, enquanto o Brasil se manteve com 3.3%.
As nações desenvolvidas também não são imunes às altas dos preços. O IPC teve um crescimento em média de 3,5% em outubro. Tanto Estados Unidos, quanto União Européia decidiram reduzir as exportações agrícolas aos países em desenvolvimento, o que tem agravado a situação das economias emergentes.
Para reduzir a alta dos preços e a pressão da inflação, os países do BRIC, e outros governos, têm adotado medidas semelhantes, utilizando ferramentas financeiras, regulação de preços e ajustes de mercado, subsídios para a alimentação e o ajuste das importações e exportações para elevar o abastecimento dos mercados nacionais.
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