As sandálias Havaianas, tradicionais no Brasil, poderão vir a ser fabricadas na China.
A empresa Alpargatas, responsável pelo produto, estuda atualmente a possibilidade. Tudo vai depender do crescimento da demanda dos chineses pelas sandálias.
"Caso o chinês passe a comprar Havaianas, teremos que pensar em uma fábrica lá. O melhor ainda é fabricar no Brasil, mas chegará um momento em que isso será preciso", disse a consultora de comércio exterior da empresa, Ângela Hirata, durante o comitê de Comércio Exterior e Logística da Amcham (Camara Americana de Comércio) de Porto Alegre.
A executiva foi uma das responsáveis pelo projeto de internacionalização da marca Havaianas.
Hoje, o produto está presente em cinco continentes e é vendido em mais de 80 países, inclusive na China.
A empresa produz, em média, até 650 mil pares de Havaianas por dia. A companhia atingiu seu recorde histórico de vendas no mês de setembro: 16,2 milhões de pares.
Nos últimos nove meses, as sandálias foram responsáveis por quase 60% da receita de vendas da companhia.
Ângela não acredita que o cambio desfavorável no Brasil prejudique a exportação das Havaianas.
A estratégia da Alpargatas para alcançar este objetivo será a de evitar que o produto se torne uma commodity.
"O ideal é estimulá-lo como um 'desejo de consumo'", ressaltou a consultora.
A empresa também vai apostar em um conjunto de produtos ligados às sandálias para fortalecer suas vendas no exterior.
"Trata-se de uma extensão da marca que pretende ser uma nova onda para sustentar as Havaianas. Exemplo são as meias específicas para serem usadas com as sandálias", revelou Ângela.
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