O ministro das Relações Exteriores da China Yang Jiechi chamou hoje o embaixador norte-americano Clark Randt para expressar o forte descontentamento do governo chinês à concessão de um prêmio por parte do Capitólio ao Dalai Lama e sua reunião com o presidente norte-americano Bush, informou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Liu Jianchao.
"O ato dos Estados Unidos é uma interferência bruta nos assuntos internos da China, ferindo os sentimentos do povo chinês e prejudicando severamente suas relações com a China", disse Liu em uma entrevista coletiva realizada hoje.
O Tibet é uma parte inalienável do território chinês, e a questão tibetana é um assunto interno da China, assinalou Liu.
A China se opõe firmemente a que qualquer país ou indivíduo use a questão de Dalai Lama para interferir nos assuntos internos da China.
"As palavras e ações do Dalai Lama nas últimas décadas mostram que ele é um refugiado político envolvido em atividades secessionistas camufladas em motivos religiosos", acrescentou o porta-voz.
O chamado prêmio do congresso norte-americano ao Dalai Lama e a reunião de líderes dos Estados Unidos com ele violaram severamente as normas de relações internacionais e a posição reiterada do governo norte-americano sobre o assunto do Tibet, afirmou Liu.
|