Apesar de nunca perder o favoritismo, Federer chegou a levantar dúvidas sobre as reais condições de chegar ao título do torneio norte-americano. O suíço teve dificuldades já na partida das oitavas, contra o cipriota Marcos Baghdatis. Nas quartas, chegou a perder um set para o espanhol Nicolás Almagro antes de conseguir assegurar a vaga na semifinal.

Mas foi contra um ex-número 1 que Federer teve mais trabalho. Na partida contra Lleyton Hewitt, o suíço gastou mais de 2h em quadra para superar o australiano, em "batalha" que durou três sets e dois tie-breaks.

O cansaço acumulado do Masters de Montréal da semana passada desacelerou o número 1, mas "derrubou" seus principais adversários. Na semifinal, só Davydenko, quinto colocado da ATP, seguia na competição. Contra Blake, porém, Federer mostrou-se revigorado, e não teve dificuldades para vencer o norte-americano para levar o quinto título da temporada.

No primeiro set, Federer confirmou seu serviço e em seguida quebrou o primeiro game do norte-americano, abrindo 2 a 0. Blake, que ocupa atualmente a oitava posição no ranking, só faria seu primeiro ponto para descontar a vantagem de 3-0 do suíço, que ainda aplicou outra quebra ante o norte-americano.

Em pouco mais de 30 minutos, Federer impôs 6-1, sem nunca ter sido ameaçado pelo norte-americano em quadra. Federer mostrou-se mais confiante e menos cansado, e cometeu apenas 10 erros não-forçados. O número 1 do mundo obteve estáveis 83% de aproveitamento em seu primeiro serviço, contra 55% de Blake.

No segundo set, mais equilibrado, Blake ainda acompanhou o ritmo de Federer nos primeiros games, em que salvou três tentativas de quebra, e manteve a igualdade até o nono game. Com 4-4, no entanto, Federer enfim quebrou pela terceira vez o serviço do norte-americano. Com 5-4, o suíço sacou para fechar o jogo com 2 sets a 0, em pouco mais de 1h de partida.

Essa foi a sétimo vitória de Federer sobre Blake, e o primeiro confronto dos dois tenistas na temporada.